Foto: Reprodução - TV Palmeiras
A vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Fortaleza, no último domingo (20), no Castelão, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, rendeu — como de praxe — declarações polêmicas do técnico Abel Ferreira. O treinador aproveitou a entrevista coletiva para fazer um agradecimento especial ao Fortaleza e, ao mesmo tempo, criticar de forma indireta a estrutura oferecida por outras equipes da Série A aos técnicos visitantes.
“Primeiro, agradecer à gentileza do Fortaleza. Muito melhor estar na sala deles do que enfiado numa sala como fazem outros clubes”, declarou Abel, em tom direto. A fala escancarou um incômodo antigo do português, que já mencionou anteriormente as dificuldades enfrentadas por treinadores visitantes em algumas praças do futebol nacional.
Conforme o próprio treinador destacou, sua experiência no Castelão é extensa. “Eu já joguei vários jogos aqui, conheço o campo, o público, o treinador. Sabíamos o quanto é difícil jogar aqui”, afirmou. Ainda assim, o reconhecimento ao Fortaleza não se limitou ao campo técnico. A estrutura oferecida pelo clube cearense foi exaltada por Abel como uma demonstração de respeito ao trabalho dos profissionais adversários — algo que, segundo ele, deveria ser seguido por outros clubes do campeonato.
O Palmeiras enfrentou dificuldades diante de um adversário que não perdia como mandante há 23 partidas. Apesar disso, com desempenho consistente e uma defesa sólida — coroada por uma defesa de pênalti de Weverton —, o Verdão garantiu mais três pontos e ampliou para seis o número de vitórias consecutivas, algo que não ocorria desde fevereiro de 2023.
Na coletiva, Abel valorizou o resultado obtido no Ceará. “Sabem o que é mais difícil do que ganhar? É ganhar novamente. E voltar a ganhar. Nada mais difícil que isso”, resumiu o treinador, reforçando a importância da consistência em uma temporada desgastante.
Entre elogios à postura coletiva, Abel também comentou sobre a adaptação do uruguaio Facundo Torres, recém-chegado ao elenco.
“Facundo é um jogador que contratamos por ser rotativo, recupera rápido, mas não é fácil”, afirmou, destacando a importância do rodízio e da resposta positiva dos atletas a cada troca feita.
Questionado sobre a formação de um time ideal, o técnico foi categórico ao classificar o processo como “inacabado”. Segundo ele, a chave do sucesso está na repetição e no treino contínuo. “É nisso que acredito: analisar vídeo e praticar nos jogos”, completou.
Abel Ferreira também abriu espaço para reflexões pessoais. Mencionou, em tom descontraído, que os desafios do comando técnico já deixaram marcas visíveis. “Se eu deixar a barba crescer, vocês vão ver que está toda branca. O cabelo também, corto curtinho para não perceberem”, brincou o treinador.
Ainda que tenha recorrido ao bom humor, o comentário serve como símbolo da pressão constante que acompanha o trabalho à frente de uma das principais equipes do país. Para o português, o desgaste emocional e físico é inevitável, sobretudo quando é preciso lidar com saídas de jogadores importantes, como tem acontecido recentemente no elenco alviverde.
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