Time da Europa se destaca sempre que morre um papa; entenda

No último sábado (19), o Avellino garantiu seu retorno à segunda divisão do Campeonato Italiano. Dois dias depois, o Vaticano anunciou o falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos. O que poderia parecer apenas uma coincidência isolada, na verdade repete um padrão que acompanha o clube da Campania desde 1958.

A primeira associação ocorreu com a morte do Papa Pio XII, em outubro de 1958. Naquele mesmo período, uma reestruturação no futebol italiano contribuiu para que o Avellino subisse do campeonato regional — equivalente à atual Série D — para a terceira divisão. Desde então, sempre que há uma mudança no comando da Igreja Católica, o time muda de divisão, seja com acesso ou rebaixamento.

Em 1963, após o falecimento de João XXIII, o Avellino havia sido rebaixado à quarta divisão. No entanto, conseguiu o retorno à Série C já na temporada seguinte. O mesmo padrão se repetiu em 1978, com as mortes de Paulo VI e João Paulo I. Naquele ano, o clube conquistou o acesso inédito à Série A.

O padrão manteve-se firme nas décadas seguintes. Em 2005, após a morte de João Paulo II, o Avellino voltou à Série B. O ciclo se repetiu em 2013, quando Bento XVI renunciou. Ao fim daquela temporada, o clube sagrou-se campeão da Série C, subindo mais uma vez.

Aliás, o clube italiano tem laços afetivos com o Vaticano. O próprio Papa Francisco havia autografado uma camisa do Avellino no início de 2025, o que reforça essa conexão simbólica. “O Avellino se une a todos os fiéis no luto pelo falecimento do Papa Francisco”, declarou a diretoria em nota oficial.

Assim sendo, mesmo que não exista relação causal entre as perdas papais e o desempenho esportivo, o Avellino se destaca por essa coincidência única e constante. Afinal, sua trajetória está, curiosamente, entrelaçada à sucessão da liderança da Igreja Católica.