Jornalista vê dupla como pilar para ritmo do Flamengo na temporada

Em um Maracanã pulsante, com mais de 67 mil torcedores presentes, o Flamengo voltou a exibir uma versão de excelência técnica que remete às grandes atuações de sua história recente. Conforme analisado por Carlos Eduardo Mansur, a exibição de gala diante do Corinthians, no domingo (27), consolidou Pedro e Arrascaeta como os protagonistas da atual temporada rubro-negra.

A vitória por 4 a 0 foi apenas o reflexo de um domínio que, segundo Mansur, se fundamentou não apenas na consistência coletiva promovida por Filipe Luís, mas, sobretudo, na qualidade individual extraordinária da dupla ofensiva.

“O nível que o Flamengo pode atingir em 2025 dependerá precipuamente do que acontecerá, em meio ao massacrante calendário, com Pedro e Arrascaeta”, pontuou o jornalista.

Vice-artilheiro

Pedro, em seu retorno como titular após cirurgia no joelho, exibiu um repertório técnico de altíssimo nível. Foi responsável por dois gols e uma assistência, além de ter se destacado como ponto de apoio constante, participando intensamente das articulações ofensivas.

De acordo com Mansur, “o centroavante era uma espécie de eixo em torno do qual o ataque girava, saindo da área e fazendo o jogo fluir”. Filipe Luís, inclusive, não poupou elogios ao atacante, classificando-o como “jogador de Copa do Mundo”.

O camisa 10 da Gávea

Arrascaeta, por sua vez, reiterou sua condição de referência criativa. O uruguaio desfilou seu repertório técnico, combinando passes milimétricos e finalizações precisas, como ficou evidente no segundo gol da partida.

“Sempre que está fisicamente saudável, Arrascaeta é capaz de juntar o time, encontrar espaços invisíveis e finalizar com precisão rara”, destacou Mansur.

Ponderações

Entretanto, a análise também trouxe ponderações. Embora ambos tenham desequilibrado a favor do Flamengo, Mansur ressaltou a preocupação natural em relação ao desgaste físico. “É possível especular o quanto Pedro e Arrascaeta serão capazes de manter pressão alta e intensidade durante toda a temporada”, alertou, chamando atenção para o fator físico como variável determinante no desempenho rubro-negro.

Coletivo do Flamengo

O desempenho coletivo, igualmente elogiado, revelou uma equipe organizada para pressionar a saída de bola adversária e criar espaços por meio da movimentação de seus meio-campistas. Pulgar e De La Cruz, ao ocuparem inteligentemente os setores centrais, foram fundamentais para construir superioridade e acionar os atacantes. A movimentação que originou o primeiro gol — com Cebolinha explorando o espaço deixado pela defesa — foi exemplo da capacidade de execução tática.

Ainda que o time tenha apresentado um leve momento de instabilidade após o primeiro gol, corrigido rapidamente, a diferença de nível entre as equipes ficou evidente durante toda a partida. De fato, conforme salientou Mansur, “foram 70 minutos em que pareciam jogar times de classes distintas”.

A presença de Pedro e Arrascaeta atuando em alta rotação, portanto, tornou-se não apenas um diferencial técnico, mas, conforme a análise, elemento vital para sustentar o protagonismo do Flamengo ao longo da temporada. Em síntese, o desempenho avassalador da dupla é, a partir de agora, a chave para as ambições do clube nas competições nacionais e continentais.