Pedro Lourenço e Leonardo Jardim durante partida do Cruzeiro em 2025 (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
A chegada de Leonardo Jardim ao Cruzeiro representou uma reviravolta estrutural no clube. Contratado para substituir Fernando Diniz, o português foi além das quatro linhas e rapidamente se tornou peça central na engrenagem da Raposa. Com respaldo de Pedro Lourenço, dono da SAF celeste, o treinador consolidou sua autoridade ao tomar decisões firmes, como a saída de Gabigol e Dudu do time titular, sem se furtar de reformular internamente o projeto esportivo.
Aos poucos, Jardim assumiu o controle total das esferas técnicas, físicas, táticas e psicológicas do elenco. “Tudo é minha responsabilidade, para o bem e para o mal”, declarou em coletiva. A confiança de Pedrinho ficou explícita tanto em entrevistas quanto em atitudes práticas, com o gestor elogiando o profissionalismo do comandante e seu comprometimento com o clube, destacando que ele não veio motivado por salário, mas por projeto.
Essas credenciais, aliás, embasaram decisões impopulares do ponto de vista externo, como o afastamento de Dudu após episódio de indisciplina no Chile, e a retirada de Gabigol da equipe principal. Conforme o próprio treinador revelou, suas escolhas se pautam por critérios coletivos.
“Ele está para auxiliar a equipe. Não podemos pensar que todos vão jogar os 90 minutos”, disse, ao explicar que ninguém possui vaga assegurada.
A reformulação não se limitou ao campo. Jardim promoveu mudanças profundas na rotina do clube, como a reestruturação do departamento físico, com a saída de Omar Feitosa, além da criação de relatórios semanais para monitoramento de jogadores emprestados. Ainda na intertemporada, indicou a reintegração dos treinos da equipe sub-20 à Toca da Raposa, reafirmando sua intenção de estreitar laços entre a base e o profissional.
Mesmo sem grandes resultados em campo até aqui – com eliminação precoce no Campeonato Mineiro e sequência negativa na Sul-Americana –, o português manteve apoio irrestrito da cúpula. O discurso interno é de paciência e aposta no projeto de longo prazo, sobretudo pela expectativa em relação à próxima janela de transferências do meio do ano, na qual Jardim participará diretamente da montagem do elenco.
A atual quarta colocação no Campeonato Brasileiro reforça a crença no trabalho. A gestão técnica rígida, aliada a um modelo de jogo pautado na intensidade e competitividade, são marcas que definem a nova fase do Cruzeiro sob o comando de Jardim. “As equipes que vencem no futebol brasileiro têm alguma intensidade, e nós queremos aumentar os níveis de intensidade”, explicou o treinador, ao justificar sua metodologia nos treinos.
O afastamento de Dudu se tornou um dos marcos da consolidação de Jardim no comando. Após críticas públicas e comportamento tido como inadequado nos bastidores, o atacante foi liberado dos treinamentos e não integra mais o grupo principal.
Segundo relatos, o jogador demonstrou desinteresse e chegou a dizer: “só quero saber do que tenho a receber”. Sua permanência está em xeque e será discutida em reunião entre seu estafe e a diretoria nos próximos dias. O dono da SAF, inclusive, sinalizou a saída do atleta ao ser questionado por torcedores no Parque do Sabiá.
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