Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid (Foto: Susana Vera/Reuters)
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) viu-se mais uma vez no centro de um embaraço internacional após a rejeição formal de Carlo Ancelotti à proposta para comandar a seleção brasileira. Conforme a análise do jornalista Paulo Vinicius Coelho, o episódio representa a repetição de um vexame já conhecido — o segundo protagonizado pela mesma gestão, envolvendo o técnico italiano.
PVC não poupou críticas à forma como a negociação foi conduzida, classificando a postura da entidade como amadora e desorganizada. “Aqui se acreditava em Coelhinho da Páscoa, Papai Noel, Mula sem Cabeça, Boitatá e Carlo Ancelotti na seleção”, ironizou ele, reforçando o tom de incredulidade diante da crença disseminada, tanto no Brasil quanto na Espanha, de que o acerto com o treinador era iminente.
Segundo o jornalista, a insistência pública da CBF em propagar otimismo quanto à contratação contribuiu para o desgaste da imagem institucional. Aliás, ele ressaltou que figuras como Jorge Jesus e Abel Ferreira dificilmente levarão a sério qualquer oferta vinda de uma entidade que não consegue sequer definir, de maneira transparente, sua própria liderança.
“Como acreditar agora em Jorge Jesus?”, questiona PVC, lembrando que a entidade ainda precisa esclarecer na Câmara Federal a validade de documentos relacionados à eleição de Ednaldo Rodrigues.
A decisão de Ancelotti de se afastar das negociações, conforme detalhado pela imprensa espanhola, deveu-se essencialmente à resistência do Real Madrid. O clube espanhol não aceitou arcar com a multa rescisória, especialmente após tomar conhecimento de um acordo verbal entre o treinador e a confederação. O técnico, por sua vez, recuou diante da inflexibilidade dos espanhóis e da falta de garantias reais oferecidas pela CBF.
PVC destacou que o diretor de seleções Rodrigo Caetano chegou a ser apontado como responsável pelas tratativas, mas, segundo o jornalista, nunca recebeu de fato essa missão com clareza. Esse ponto reforça o cenário de desorganização administrativa que, para o colunista, “transforma o futebol brasileiro em piada internacional”.
Com a negativa de Ancelotti, nomes como Jorge Jesus e Abel Ferreira voltam ao radar. Entretanto, ambos os técnicos portugueses enfrentam realidades distintas. Jesus, que atualmente comanda o Al-Hilal, na Arábia Saudita, vive momento instável no clube e declarou anteriormente que comandar o Brasil seria um sonho.
Porém, um atrito com Neymar, seu ex-comandado, pode pesar negativamente. Ainda assim, afirmou: “Não tenho nenhum problema com Neymar. Nenhuma seleção ou clube pode ficar dependente de jogadores”.
Já Abel Ferreira segue firme no Palmeiras, onde tem contrato até o fim de 2025. A presidente do clube, Leila Pereira, afirmou não ter sido procurada pela confederação. Internamente, há confiança em mantê-lo até o fim do vínculo, sobretudo pela boa campanha no Brasileirão e na Libertadores.
De forma crítica e bem-humorada, PVC comparou a atual gestão da CBF ao fictício Odorico Paraguaçu, personagem de “O Bem-Amado”. “Sucupira pagava mico só na ficção. O futebol brasileiro e a CBF são piada internacional, nesta semana”, afirmou. A menção irônica expõe o nível de descrédito atribuído à entidade máxima do futebol nacional por parte do jornalista.
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