Botafogo

A declaração Renato Paiva sobre o Botafogo no Mundial de Clubes

Faltando pouco mais de 40 dias para o início do novo Mundial de Clubes da FIFA, que ocorrerá entre 15 de junho e 13 de julho nos Estados Unidos, o técnico Renato Paiva compartilhou suas expectativas sobre a participação do Botafogo. Com declarações firmes, o comandante alvinegro demonstrou confiança no elenco e reforçou o objetivo do clube: buscar o título.

Paiva assumiu o Botafogo em fevereiro e, apesar do curto tempo de trabalho, já convive com a pressão por resultados. Até o momento, são dez partidas no comando da equipe, com quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas. No entanto, triunfos recentes sobre Fluminense e Capital-DF serviram para trazer mais estabilidade ao ambiente interno e confiança no planejamento traçado para a temporada.

Expectativa e compromisso com a vitória

Ao ser questionado pela FIFA, o treinador português foi direto ao tratar da postura que o Botafogo adotará no torneio. “O objetivo num clube desta dimensão é ganhar, ganhar todos os jogos, ganhar a competição. Não há outra forma de estar neste clube, até porque, recentemente, é um clube ganhador”, afirmou.

Ele ainda destacou a importância de cada etapa: “Quando entrarmos no avião para voar para os Estados Unidos, o objetivo é obviamente ganhar a competição, sabendo o difícil que é e que vai ser, mas olhar sempre jogo a jogo”.

A estreia do Botafogo acontecerá contra o Seattle Sounders, em território norte-americano. Segundo Paiva, esse primeiro confronto exigirá atenção especial. “Haverá essa desvantagem de jogarmos fora e o adversário jogar em casa diante do seu público, que é, de fato, um público forte, pesado. Mas eu estou convencido de que também vai haver muita gente do Botafogo”, explicou.

Adversários de peso e desvantagem temporal

O Grupo B da competição conta ainda com o Atlético de Madrid e o PSG. Paiva reconheceu o desafio de enfrentar clubes com treinadores de longa data e projetos já consolidados. “Sim, eu acho que estamos com alguma desvantagem em relação a outras equipes. Paris Saint-Germain com Luis Enrique e com Diego Simeone já têm uma linha metodológica estabelecida há algum tempo”, observou.

Segundo o técnico, essa continuidade oferece vantagens táticas e estratégicas aos adversários. “Os jogadores sabem bem o que os treinadores querem. E isso, obviamente, não nos ajuda, porque vamos encontrar adversários altamente preparados, tanto em termos individuais quanto coletivos.”

Laços antigos e leveza no discurso

Apesar do tom sério das análises, o treinador também adotou momentos de descontração ao comentar a possível reencontro com ex-comandados. Referindo-se aos jogadores Gonçalo Ramos e João Neves, ambos hoje no PSG, Paiva brincou:

“Se me fizerem algum gol, vão levar uma bofetada cada um”. Ele explicou que mantém contato com diversos atletas que passaram por suas mãos no Benfica, como João Cancelo, Bernardo Silva e Rúben Dias.

“Vejo com muito orgulho. Enquanto fui treinador de formação, nunca olhei para o título. O mais importante nestes trajetos são sempre os jogadores”, acrescentou, reconhecendo sua contribuição no desenvolvimento de atletas de elite, mas sem tirar os méritos daqueles que chegaram ao mais alto nível.

Premiação e motivação financeira

A classificação do Botafogo ao Mundial se deu após a conquista da Libertadores em 2024. A participação no torneio internacional também representa um importante retorno financeiro. Cada clube brasileiro garantido na competição receberá 15,21 milhões de dólares (cerca de R$ 87 milhões), com possibilidade de mais 7,5 milhões de dólares (aproximadamente R$ 43 milhões) caso avance às oitavas de final. Esse montante reforça a importância do desempenho esportivo para a sustentabilidade econômica do clube.

Comprometimento e foco progressivo

Renato Paiva reforçou que, embora o título esteja entre os principais objetivos, o caminho será construído passo a passo. “Ganhando o próximo jogo, estaremos sempre mais próximos de ganhar a competição. Além disso, queremos orgulhar os nossos torcedores com aquilo que façamos em campo”, declarou.

Conforme suas palavras, há uma identidade clara na forma de jogar do Botafogo que será mantida durante o torneio. “Há características que definem o jogo do Botafogo e o jogador do Botafogo. Disso não podemos abdicar”, finalizou.

Ana Teixeira

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