A curta e intensa negociação que levou Dudu ao Atlético-MG envolveu mais do que apenas tratativas contratuais e alinhamento de interesses. Conforme apurado, nos bastidores, um episódio chamou atenção: ao tomar conhecimento da movimentação entre o rival e o atacante, um integrante do departamento de futebol do Cruzeiro tentou intervir. O dirigente chegou a oferecer o jogador a dois outros clubes, numa tentativa clara de impedir que o negócio com o Galo fosse concretizado.
Essa movimentação ocorreu enquanto o estafe de Dudu ainda discutia a rescisão contratual com o Cruzeiro. Em paralelo às conversas com Alexandre Mattos, CEO da SAF celeste, o empresário do jogador, André Cury, esteve reunido com Paulo Bracks, executivo de futebol do Atlético, para tratar diretamente da possibilidade de transferência. Embora o encontro tenha acontecido em caráter formal, as tratativas haviam se iniciado dias antes de maneira mais reservada.
Acelerada pelas circunstâncias, a negociação se concretizou em apenas quatro dias. A rescisão oficial com o Cruzeiro ocorreu na sexta-feira (02), e logo em seguida, os detalhes finais com o Atlético foram definidos. O técnico Cuca teve papel relevante na articulação, uma vez que mantém boa relação com Dudu desde os tempos de Palmeiras.
Apesar da rapidez do desfecho, a contratação do atacante gerou debates internos no clube alvinegro. Membros do Conselho de Administração chegaram a classificá-la como “de alto risco”, mas não houve veto, tampouco entrave para o avanço da negociação. Internamente, a chegada de Dudu acabou sendo melhor recebida do que o esperado, e a aceitação do elenco foi descrita como positiva.
O vínculo firmado com o Atlético tem duração até o fim de 2027, e foi uma vitória do jogador, que insistia num contrato mais longo. Como contrapartida, Dudu aceitou uma redução salarial de cerca de 50% em relação ao que recebia no Cruzeiro, onde seus vencimentos giravam em torno de R$ 2 milhões por mês. No novo clube, os valores ficam próximos dos R$ 900 mil mensais, patamar semelhante ao de outros nomes do elenco como Bernard, Gustavo Scarpa, Rony e Júnior Santos.
Um ponto que chama atenção é o fato de que, mesmo após ter assinado com o Atlético-MG, Dudu continuará recebendo pagamentos do Cruzeiro. Conforme os termos da rescisão, o clube celeste se comprometeu a arcar com os valores que o jogador teria direito até o fim do ano. Assim, nos próximos meses, o atacante receberá de ambas as equipes.
Aliás, a mudança de camisa reacendeu memórias no torcedor. O episódio remete ao caso de Fred, que em 2017 trocou o Atlético pelo Cruzeiro, e acabou envolvido em uma disputa judicial que se arrastou até 2023. Diferentemente daquela situação, no entanto, Dudu não terá que lidar com multas ou pendências legais.
O atacante, que já se apresentou oficialmente como novo reforço do Galo, usará a camisa 92 — número escolhido por votação da torcida e que faz alusão à data de fundação da torcida organizada cruzeirense. Ele ainda não poderá atuar de imediato, pois a estreia só poderá ocorrer após a reabertura da janela de transferências, marcada para o início de junho.
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