O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) iniciou os trâmites para investigar Bruno Henrique, atacante do Flamengo, por suposta manipulação de resultado durante partida do Campeonato Brasileiro de 2023. O processo foi impulsionado a partir do recebimento de documentos encaminhados pela Polícia Federal, após autorização da Justiça do Distrito Federal para o compartilhamento das provas colhidas.
Segundo o material apresentado pelas autoridades, há indícios de que o jogador teria provocado de forma proposital um cartão amarelo durante o confronto contra o Santos, favorecendo apostas realizadas por pessoas próximas.
A investigação revelou mensagens extraídas de aparelhos celulares de familiares do camisa 27, entre elas uma suposta conversa entre o atleta e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, tratando da advertência que Bruno Henrique viria a receber no duelo mencionado.
Além do atacante, outras três pessoas foram citadas no inquérito: o próprio irmão, a esposa dele, Ludymilla Araújo Lima, e a prima do jogador, Poliana Ester Nunes Cardoso. Os três são suspeitos de terem apostado especificamente na ocorrência do cartão amarelo durante o jogo em questão, o que levantou suspeitas sobre a integridade do evento esportivo.
Com base nessas informações, o presidente do STJD, Luís Otávio Veríssimo, confirmou a abertura de um inquérito desportivo. Um auditor do Pleno será nomeado para conduzir as investigações. O atacante poderá ser enquadrado no artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de casos de manipulação de resultados. Em caso de condenação, a pena prevista varia entre seis meses e dois anos de suspensão das atividades esportivas.
Enquanto o processo tramita, não há previsão de afastamento preventivo do atleta. De acordo com o presidente do tribunal, esse tipo de medida cautelar é adotado apenas em situações que apontam risco de reincidência, o que, segundo ele, não se aplica no momento. “Às vezes se fala de fatos que estão em distâncias até de anos”, comentou Veríssimo, ao justificar a permanência do jogador em campo durante a apuração.
O Flamengo, por sua vez, declarou que ainda não foi notificado oficialmente pelas autoridades sobre o caso. Em nota, o clube reiterou seu compromisso com as normas de fair play esportivo, mas destacou também o respeito ao princípio constitucional da presunção de inocência.
“O afastamento do atleta ocorrerá apenas por decisão dele próprio”, acrescentou a diretoria.
A defesa do jogador também se manifestou. Em comunicado divulgado no final de abril, os representantes jurídicos do atacante classificaram a situação como injusta e afirmaram que as mensagens divulgadas foram tiradas de contexto.
“O atleta Bruno Henrique é conhecido e respeitado por sua simplicidade e comprometimento com o esporte. Nunca esteve envolvido em esquemas de apostas”, destacou a nota. Ainda segundo a defesa, o jogador apoia restrições mais rígidas ao mercado de apostas esportivas e confia que o Judiciário esclarecerá os fatos.
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