Palmeiras

A declaração de Abel Ferreira direcionada Vitor Roque, do Palmeiras

A postura de Abel Ferreira ao falar sobre Vitor Roque, após a vitória do Palmeiras sobre o Cerro Porteño, revelou mais do que uma simples análise técnica. O treinador português usou o episódio envolvendo o jovem atacante para destacar a essência do que considera um atleta resiliente, traçando um paralelo entre futebol, superação e o espírito competitivo necessário para alcançar a excelência.

Durante a entrevista coletiva realizada na noite de quarta-feira (07), Abel fez questão de abordar o lance desperdiçado por Vitor Roque ainda no primeiro tempo da partida disputada no Paraguai. Para ele, o episódio simboliza a dificuldade enfrentada por jogadores em momentos decisivos, mas também serve como referência de recuperação e mentalidade.

“Hoje vimos em campo o exemplo do que é a resiliência de um jogador. O Vitor Roque. Perdeu um gol que todo mundo estava esperando que falhasse, que todo mundo com certeza o criticou, e a resiliência é isso, como que dou a resposta na adversidade”, declarou.

Segundo Abel, a transformação de um erro em motivação foi o que permitiu ao camisa 9 fechar o placar com um belo gol aos 47 minutos da etapa final. O técnico ainda reforçou que essa capacidade de resposta não é comum e deve ser valorizada:

“Ele ficou lá dentro, lutou e fez um golaço, com capacidade física, com força, com técnica. Resiliência é isso. Nossa equipe é resiliente.”

Ao ampliar o tema, o treinador incluiu uma metáfora que fugiu do futebol para explicar sua filosofia. Usando como exemplo o tenista Novak Djokovic, Abel refletiu sobre a inevitabilidade das derrotas até mesmo para os maiores campeões:

“Não tem uma explicação específica. Seja onde for, contra quem for, nós jogamos para ganhar. Se vamos ganhar? Não sei. Se vamos perder? Sim, muito. Porque não há uma equipe que ganhe sempre. Esses dias estava vendo, acho que era o Djokovic, ele tem 24 Grand Slams, mas tem 50 perdidos. Mesmo os que ganham mais vezes, têm mais derrotas do que vitórias.”

Além do respaldo ao centroavante, o treinador reforçou a importância de manter o equilíbrio emocional diante das oscilações do futebol. Segundo ele, a forma como o grupo apoiou Vitor Roque no vestiário foi decisiva para a virada individual do jogador em campo: “Nem digo para vocês o que o grupo fez no intervalo com o Vitor Roque, porque ninguém mais do que ele queria fazer o gol.”

A fala de Abel também serviu como alerta quanto à continuidade da temporada, mesmo após a classificação antecipada às oitavas de final da Libertadores. Em tom firme, o técnico reforçou que o time precisa seguir focado, sem relaxar: “Não dá pra tirar o pé do acelerador. É continuar a preparar, rodar quem temos que rodar e continuar nesta. Queremos continuar com hábito de ganhar.”

Adotando um discurso cauteloso, ele deixou claro que a euforia provocada por vitórias pode ser enganosa. “Pés no chão, porque toda gente agora vai massagear o ego. Equilíbrio tem que vir do treinador, da presidente, dos capitães, não ganhamos nada, há muito jogo pela frente, é rezar que não tenha mais lesões”, afirmou.

Ana Teixeira

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