América-MG (Foto: Mourão Panda/América-MG)
A Justiça do Paraná decidiu aceitar a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o meia Miguelito, do América-MG, por injúria racial. O episódio ocorreu no domingo (04), durante a partida contra o Operário-PR, válida pela sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O atleta teria ofendido verbalmente o atacante Allano, chamando-o de “preto do c***”, fato que desencadeou a aplicação imediata do protocolo antirracista por parte do árbitro.
A partida, realizada em Ponta Grossa, foi interrompida por 15 minutos após a denúncia feita em campo por Allano, que contou com o apoio do volante Jacy, também do Operário-PR. Ambos prestaram depoimento na delegacia logo após o jogo. O árbitro Alisson Sidnei Furtado registrou a ocorrência na súmula, mas afirmou não ter ouvido a ofensa diretamente. Apesar disso, o juiz Thiago Bertuol de Oliveira acolheu a denúncia do MP-PR e agendou a audiência de instrução para uma data que não interfira nas agendas dos clubes envolvidos.
Segundo a Promotoria, há imagens da transmissão oficial que corroboram a versão da vítima. O promotor João Conrado Blum Junior destacou a gravidade da situação e a responsabilidade dos atletas, afirmando que “foram colhidos elementos muito fortes da prática de conduta racista por parte do atleta do América-MG”. Miguelito chegou a ser preso em flagrante, mas foi liberado posteriormente para responder ao processo em liberdade.
Enquanto aguarda o julgamento, Miguelito foi suspenso preventivamente pelo STJD, com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Ele pode ser punido com até 10 jogos de suspensão e multa de até R$ 100 mil. O América-MG também foi denunciado e corre o risco de perder mando de campo e pontos, além de ter que implementar ações educativas contra o racismo.
Adicionalmente, o Operário-PR foi denunciado por conta da conduta de um torcedor que cuspiu e jogou bebida alcoólica nos atletas adversários. O clube pode ser penalizado com multa, conforme o artigo 213 do CBJD. O torcedor foi identificado e retirado do estádio pela Polícia Militar logo após o incidente.
O caso segue em tramitação tanto na esfera criminal quanto na desportiva. O América-MG informou que Miguelito continuará treinando normalmente e que o clube está prestando todo o apoio necessário ao jogador. O advogado do atleta, por meio da assessoria do time, confirmou que ele apresentará sua defesa formal nas instâncias cabíveis.
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