Filipe Luís e José Boto pelo Flamengo (Foto: divulgação/Flamengo)
O Flamengo atravessa um momento de instabilidade que une três fatores centrais: atuações inconsistentes, lacunas no elenco e decisões técnicas que carregam fortemente a identidade de Filipe Luís. O recente empate por 1 a 1 contra o Central Córdoba, fora de casa, acendeu de vez o alerta na temporada. A equipe agora precisa vencer LDU e Deportivo Táchira nas rodadas finais da fase de grupos da Libertadores para evitar uma eliminação precoce.
Atualmente, o desempenho do time tem variado entre atuações dominantes e jogos decepcionantes, o que compromete a regularidade esperada em uma sequência decisiva. Aliás, o próprio técnico reconheceu o momento de baixa:
“Mantivemos a regularidade durante alguns meses. É verdade que não estamos no nosso melhor momento de confiança”, disse Filipe Luís, após o tropeço na Argentina.
Ainda que tenha conquistado a Copa do Brasil no ano passado e vencido a Supercopa e o Campeonato Carioca neste início de 2025, o treinador, em sua primeira experiência na função, enfrenta o período mais delicado desde que assumiu o time principal.
Conforme ele próprio afirmou, “em algum momento da temporada isso iria acontecer. Infelizmente, tem sido agora”.
Anteriormente, a primeira turbulência havia surgido com a derrota para o próprio Córdoba, no Maracanã, em abril. A resposta veio com vitórias expressivas, como as goleadas sobre Juventude e Corinthians, além de uma sequência de seis partidas sem sofrer gols.
Contudo, os últimos três confrontos — contra Botafogo-PB (Copa do Brasil), Cruzeiro (Brasileirão) e Central Córdoba (Libertadores) — recolocaram a equipe em rota de oscilação.
Em campo, as atuações do Flamengo se mostram cada vez mais dependentes de talentos individuais, como os de Arrascaeta, em excelente início de temporada, e Rossi, que tem se destacado no gol. Porém, ambos não têm conseguido compensar a queda de rendimento coletivo, visível sobretudo após os primeiros 20 minutos dos jogos.
O elenco, ainda que estrelado, não tem demonstrado profundidade suficiente, o que obriga o técnico a utilizar constantemente os mesmos nomes, mesmo quando em má fase.
Gerson e Bruno Henrique, por exemplo, seguem entre os titulares apesar do rendimento abaixo, enquanto Arrascaeta, De La Cruz, Pedro e Pulgar vêm sendo exigidos ao extremo. As substituições promovidas por Filipe Luís, muitas vezes “seis por meia dúzia”, e a rigidez tática durante os 90 minutos têm sido pontos criticados interna e externamente.
O desgaste do elenco é um problema que vai além das opções táticas, e ainda de acordo com Diogo Dantas, do ‘O Globo’, tem pesado. O Flamengo tem enfrentado dificuldades para acelerar o jogo contra adversários mais fechados. Quando encontra espaços pelo meio, impõe seu ritmo com mais naturalidade.
No entanto, diante de equipes que congestionam os setores centrais, os rubro-negros enfrentam problemas para manter intensidade e variação ofensiva.
Sem previsão de novos reforços neste momento, a comissão técnica precisará encontrar soluções internas e ajustes estratégicos a curto prazo. Afinal, os próximos compromissos exigem muito do grupo: neste sábado (10), o Flamengo encara o Bahia, seguido por LDU (Libertadores), Botafogo (Brasileirão), Botafogo-PB (Copa do Brasil), Palmeiras (Brasileirão) e Deportivo Táchira (Libertadores).
Surpreendentemente, o desempenho como visitante na Libertadores tem sido um dos maiores obstáculos recentes. Nos últimos sete jogos fora do Rio pela competição, o Flamengo venceu apenas uma vez. A campanha atual é um reflexo desse problema: apenas um ponto somado em dois confrontos contra o estreante Central Córdoba, em um grupo considerado acessível.
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