Organizada vai ao CT do Corinthians e faz duras cobranças após denúncias

Membros da torcida organizada Gaviões da Fiel estiveram no CT Joaquim Grava na tarde desta sexta-feira (09) a fim de questionar dirigentes do Corinthians sobre possíveis irregularidades envolvendo a gestão das categorias de base do clube. A movimentação ocorreu após denúncias de supostos áudios que indicariam cobrança de propina para a contratação de atletas na base.

A ação dos torcedores não teve caráter de confronto, mas sim de cobrança. Conforme nota da assessoria da organizada, a visita foi motivada pela necessidade de esclarecer o conteúdo dos áudios que circulam nos bastidores. Até o momento, os próprios torcedores admitiram que não há provas concretas, mas enfatizaram a importância da apuração. Assim sendo, o encontro visou obter respostas formais da diretoria.

Na reunião, estiveram presentes o presidente Augusto Melo, o executivo da base Alex Brasil e Chicão, ex-zagueiro e atualmente responsável pela integração entre os elencos de base e profissional. Em declaração ao ge, Chicão afirmou: “Vamos receber os torcedores e esclarecer tudo. Minha vida sempre foi um livro aberto. Não sei de denúncia, não tenho prova de nada.”

Ainda durante o encontro, a direção do clube negou qualquer envolvimento com esquemas de corrupção. Todavia, a situação se insere em um contexto conturbado no Parque São Jorge. O Corinthians sub-20 ocupa a 15ª posição no Campeonato Brasileiro da categoria e o presidente Augusto Melo enfrenta quatro pedidos de impeachment.

Ao fim da reunião, os Gaviões da Fiel divulgaram uma nota oficial relatando que “não encontramos a irregularidade sobre a denúncia recebida”, embora tenham reiterado que “as demais questões que envolvem a base ainda seguem em apuração”. O comunicado também menciona o afastamento temporário de Claudinei Alves do cargo de diretor da base, fato ainda não confirmado pelo clube.

Portanto, o caso continua em aberto e deve repercutir nos próximos dias, sobretudo pela pressão externa sobre a diretoria. A mobilização da torcida evidencia a crescente insatisfação com a condução do departamento de base, especialmente em um momento de instabilidade institucional. Afinal, a transparência tornou-se uma demanda inegociável para os torcedores.