Allianz Parque, estádio do Palmeiras (Foto: Reprodução/Palmeiras)
A recente punição imposta ao Palmeiras pela Conmebol, no valor de 50 mil dólares (aproximadamente R$ 286 mil), reacendeu o debate sobre racismo no futebol sul-americano. No centro da controvérsia está um torcedor do clube paulista, acusado de praticar gestos racistas durante o duelo contra o Cerro Porteño, disputado no Allianz Parque. Contudo, a defesa do envolvido nega categoricamente a acusação, sustentando que o gesto em questão tinha outro significado.
Segundo o advogado Ronaldo Patah, o gesto não teve qualquer conotação racista. “Meu cliente somente agiu em legítima defesa, respondeu a várias ofensas. Segundo ele, o time adversário tinha treinado no dia anterior no CT do Corinthians — que tem a galinha como apelido. Foi nesse sentido. Ele agiu no impulso querendo responder às injustas ofensas que vinham do camarote”, explicou.
A versão apresentada reforça que a intenção foi ironizar os paraguaios por terem utilizado as instalações do maior rival do Palmeiras na preparação para a partida. Assim, ao simular o comportamento de uma galinha, o torcedor teria tentado provocar os visitantes em tom jocoso, e não discriminatório.
Apesar disso, as autoridades entenderam o gesto como ofensivo. A Secretaria da Segurança Pública de SP informou que o inquérito está em fase de conclusão e que o homem foi indiciado com base no artigo 201, §7º da Lei Geral do Esporte. Como medida, ele deve se apresentar ao 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar todas as vezes em que o Palmeiras jogar, duas horas antes do início e até quinze minutos após o fim da partida.
O clube paulista, por sua vez, adotou medidas imediatas ao identificar o responsável. O torcedor foi excluído do programa de sócio Avanti, bloqueado no sistema de venda de ingressos para jogos como mandante e será processado judicialmente para ressarcir o prejuízo financeiro decorrente da multa.
Ainda assim, o advogado afirma que o pagamento não será feito de forma voluntária. “Entendemos a cobrança como indevida”, declarou Patah.
Esse episódio ocorreu dias antes de uma nova denúncia, desta vez contra torcedores do Cerro Porteño. Durante a partida em Assunção, válida pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores, torcedores paraguaios foram flagrados imitando sons e gestos de macaco direcionados à torcida alviverde. Em nota, o Palmeiras repudiou veementemente o ocorrido e cobrou ações do clube rival e das autoridades locais.
A diretoria palmeirense destacou que essa não foi a primeira vez que episódios semelhantes ocorreram em partidas contra o Cerro. Segundo o clube, trata-se da quarta situação desde 2022, evidenciando, segundo eles, a recorrência e a ineficácia das punições aplicadas. “Racismo não é provocação. Racismo é crime”, destacou o comunicado.
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