Milton Neves durante a programação da Bandeirantes (Foto: Reprodução/Bandeirantes)
Em recente episódio do podcast “Milton Neves 100 mi mi mi”, o ex-goleiro Fernando Prass, ídolo do Palmeiras, compartilhou memórias de um evento com grandes nomes da história do clube. Um dos destaques da conversa foi o ex-meia Ademir da Guia, figura central nas lembranças e também alvo de fortes elogios por parte dos jornalistas Milton Neves e Mauro Beting.
Durante o bate-papo, Milton Neves lamentou a escassa participação de Ademir com a camisa da seleção brasileira. “O que sacanearam esse cara em matéria de Copa do Mundo. Ele ia maravilhar o planeta, porque ele não tocava a chuteira na grama, ele flutuava”, comentou o jornalista. Para ele, o camisa 10 deveria ter sido convocado para todas as Copas de sua época, tamanha sua classe em campo.
Aliás, o reconhecimento não parou por aí. Na sequência, Mauro Beting fez uma comparação que chamou a atenção: “Era um Zidane brasileiro”, afirmou. A fala se referia ao estilo refinado e técnico de Ademir, semelhante ao do francês Zinedine Zidane, um dos maiores meias da história do futebol mundial. Beting ainda fez questão de exaltar a humildade do ex-jogador, mesmo com todo o prestígio conquistado ao longo da carreira.
Ainda no programa, Mauro trouxe uma frase emblemática dita por Ademir da Guia em 1972, após uma sequência de conquistas: “Estou em boa forma, mas ainda não sei cabecear bem, meu chute de esquerda não é bom e meu chute de direita é muito fraco, eu preciso evoluir muito”. A declaração, segundo Beting, é um reflexo claro do espírito autocrítico e da busca constante por evolução, mesmo em meio ao auge.
Ademir da Guia chegou ao Palmeiras em 1962, com apenas 19 anos, vindo do Bangu. Desde então, construiu uma trajetória inegavelmente vitoriosa, permanecendo no clube até 1977. Fez parte das duas gerações históricas conhecidas como “Academias”, nos anos 60 e 70. Durante esse período, conquistou cinco títulos do Campeonato Brasileiro, cinco do Campeonato Paulista e um do Torneio Rio-São Paulo.
Apesar do enorme destaque no futebol nacional, Ademir teve poucas oportunidades com a seleção brasileira. Foram apenas 14 partidas disputadas e uma única participação em Copas do Mundo, na edição de 1974, onde entrou em campo somente uma vez. Essa ausência recorrente em convocações é frequentemente vista como uma das grandes injustiças do futebol brasileiro.
Por fim, não é a primeira vez que o nome de Ademir da Guia é colocado ao lado de lendas do futebol. Anteriormente, o próprio Milton Neves chegou a afirmar que o ex-meia palmeirense jogou mais que Johan Cruyff, outro ícone do esporte mundial. Assim, as palavras recentes de Beting e Milton reforçam o legado de um jogador que, embora subutilizado pela seleção, é lembrado com reverência pelos torcedores e especialistas.
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