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Vídeo: funkeiro é preso após atitude ousada em estádio de futebol

Na madrugada de sábado (10), o cantor MC Ryan SP se envolveu em um episódio que mobilizou o meio esportivo, jurídico e midiático. O artista foi preso após realizar manobras com uma Lamborghini no gramado do estádio Barão da Serra Negra, em Piracicaba, horas antes de uma apresentação marcada para a noite de sexta-feira (09). A atitude inesperada provocou danos ao campo utilizado pelo XV de Piracicaba, que repudiou publicamente a ação.

Ação no gramado e prisão

Segundo relatos, o veículo de luxo utilizado nas manobras, avaliado em cerca de R$ 3 milhões e adesivado com o escudo do Corinthians, acessou uma área interna do estádio sem autorização. No local, o artista realizou “cavalos de pau”, prática que comprometeu a integridade do gramado.

A Golden Produtora, responsável pela organização do evento, informou que o cantor contrariou as orientações previamente estabelecidas. “De forma irresponsável, o artista aproveitou-se do acesso restrito e invadiu o campo, realizando manobras perigosas”, declarou a empresa, por meio de nota.

O XV de Piracicaba também se pronunciou, reforçando que o estádio havia sido alugado para um evento privado e que a extensão dos prejuízos ainda estava sendo avaliada. A diretoria confirmou que a empresa contratada para a manutenção do campo já iniciou o levantamento dos danos causados.

Estado do gramado após a manobra do funkeiro – Foto: Reprodução

Manifestação do cantor e implicações legais

MC Ryan, por sua vez, utilizou as redes sociais para relatar sua versão. “Cheguei no show e tinha um espaço bem livre lá, onde não oferecia risco para ninguém. Acabei dando um cavalinho de pau lá e o contratante chamou a polícia pra mim”, disse o cantor em um vídeo publicado no Instagram.

Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o artista tentou deixar o local após ser informado de que seria responsabilizado pelos danos. A Polícia Civil registrou o caso como “dano ao patrimônio, direção sem habilitação e risco à integridade de terceiros”.

Ele foi levado à Delegacia Seccional de Piracicaba e, inicialmente, liberado mediante pagamento de fiança.

Polêmica da fiança e decisão judicial

A Justiça de São Paulo estabeleceu inicialmente o valor de R$ 1 milhão como fiança para a liberação provisória de Ryan. Contudo, a defesa do artista, liderada pelo advogado Matheus Bottene Pacífico, considerou o montante desproporcional. Um pedido de habeas corpus foi apresentado, argumentando que a quantia não refletia a realidade do dano nem considerava a proporcionalidade exigida em casos similares.

O juiz Flavio Fenoglio, atuando em regime de plantão no Tribunal de Justiça do Estado, deferiu parcialmente o pedido. Ele suspendeu temporariamente a obrigatoriedade de pagamento da fiança, até que o caso fosse definitivamente analisado por um relator da vara criminal competente.

Embora a exigência de pagamento tenha sido suspensa, medidas cautelares foram mantidas: proibição de mudança de endereço, comparecimento periódico em juízo e veto a declarações públicas sobre o caso.

Pedido de desculpas e promessa de reparo

Posteriormente, MC Ryan declarou, por meio de sua defesa, que não teve a intenção de danificar o campo e se disse disposto a reparar os prejuízos. “Ele manifestou interesse em colaborar com a recuperação do gramado, a depender do orçamento apresentado pela administração do estádio”, afirmou o advogado.

A iniciativa foi acompanhada por um pedido de desculpas ao XV de Piracicaba, ao qual o cantor se dirigiu reconhecendo o erro e reafirmando sua intenção de compensar o impacto causado.

Expectativa e próximos passos

Ainda não há definição quanto ao valor necessário para o reparo do gramado, e o veículo utilizado segue apreendido por determinação judicial. O estádio tem jogo marcado para o dia 22 de junho, contra o Rio Branco, pela Copa Paulista, o que torna urgente a recuperação do local.

O episódio envolvendo MC Ryan evidencia a necessidade de maior rigor no controle de atividades em espaços esportivos e reforça a responsabilidade de artistas e organizadores durante eventos de grande porte. O caso segue em andamento e depende agora das decisões que serão tomadas pela Justiça paulista nos próximos dias.

Ana Teixeira

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