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Leila Pereira, do Palmeiras, será nova representante da CBF

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, foi escolhida por Ednaldo Rodrigues para representar a CBF no Congresso da FIFA, que será realizado na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai, nesta sexta-feira (16), com início previsto para as primeiras horas do dia. A dirigente participará pela primeira vez de um evento oficial da entidade máxima do futebol mundial, assumindo o posto em meio a uma série de tensões envolvendo casos de racismo no cenário sul-americano.

A reunião contará com a presença das 211 associações filiadas à FIFA e abordará pautas financeiras, prestação de contas de 2024, projeções orçamentárias e, principalmente, o endurecimento das políticas contra manifestações discriminatórias. O encontro ocorre em um momento de pressão por mudanças concretas diante da reincidência de episódios de injúria racial em competições organizadas pela Conmebol, como a Copa Libertadores.

O caso mais recente que motivou forte reação partiu de confronto entre Palmeiras e Cerro Porteño, realizado no dia 7 de maio, em Assunção. Na ocasião, torcedores do clube paraguaio foram flagrados imitando sons de macaco nas arquibancadas, comportamento que gerou ampla repercussão. Segundo o Palmeiras, essa foi a quarta ocorrência de conduta semelhante desde 2022 envolvendo o mesmo adversário.

Diante desse contexto, Leila Pereira criticou duramente a postura da Conmebol, que, segundo ela, tem adotado punições brandas aos envolvidos nesses episódios. “Tal reincidência demonstra a ineficácia das punições aplicadas até aqui, bem como a conivência do próprio Cerro Porteño com os sucessivos atos de discriminação praticados por alguns de seus torcedores”, declarou a dirigente por meio de nota oficial do clube.

A escolha de Leila como delegada da CBF no Congresso ocorre, portanto, em meio a um cenário tenso. A dirigente inclusive sugeriu publicamente que os clubes brasileiros considerassem alternativas mais drásticas, como a migração para a Concacaf, em protesto às omissões da Conmebol.

Essa proposta repercutiu fortemente e levou a entidade sul-americana a criar um grupo dedicado ao combate ao racismo.

Aliás, o Congresso da FIFA será o primeiro desde que o Conselho da entidade aprovou mudanças em seu regulamento disciplinar. A partir de agora, as federações nacionais estão obrigadas a prever sanções específicas para casos de racismo, xenofobia, misoginia e demais formas de discriminação.

Mais do que isso, a FIFA se reserva o direito de intervir diretamente, caso identifique omissão por parte das federações, podendo até acionar o CAS (Corte Arbitral do Esporte) para aplicação de penalidades.

Conforme as novas diretrizes, as sanções previstas não se limitarão a multas financeiras — que, no caso da Conmebol, podem alcançar US$ 400 mil (cerca de R$ 2,2 milhões) —, mas também incluirão medidas esportivas, como perda de pontos e até exclusão de torneios. Tais iniciativas visam promover uma cultura de intolerância zero frente à discriminação no futebol.

Ana Teixeira

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