Botafogo: Renato Paiva é sincero sobre necessidade de reforços

O técnico Renato Paiva destacou a intensidade do Botafogo na vitória por 3 a 2 sobre o Estudiantes, na noite de quarta-feira (14), no Nilton Santos, pela Libertadores. Segundo ele, a atuação alvinegra no primeiro tempo foi uma das melhores sob seu comando, especialmente pela pressão exercida no campo adversário. “O Estudiantes não conseguiu jogar. Nossa pressão foi asfixiante”, afirmou o treinador, que valorizou a organização defensiva diante de uma linha de cinco do time argentino.

Entretanto, o rendimento caiu na segunda etapa, o que Paiva atribuiu ao cansaço de atletas como Artur e Marlon Freitas. Apesar do desgaste, ambos permaneceram em campo e participaram do gol da vitória. “É o Marlon quem dá o passe e o Artur quem finaliza. O técnico vive nessas incertezas”.

“Desde o que tem acontecido, com lesões e punições, aqui ou em nenhum microfone, ou na Libertadores, só vou me queixar quando faltarem vinte jogadores. Como não faltam vinte e consigo escalar onze, desde que eu consiga fazer 11, tudo bem. As contratações começam a se adaptar, como o Rwan. E o Cuiabano, por sua verticalidade e capacidade de finalização, dava ritmo ao Telles. O Telles está numa idade que precisa jogar. Eles se entendem às mil maravilhas. Dá para invertê-los porque se conhecem muito bem . É encontrar soluções em vez de chorar as ausências”, pontuou.

A postura da equipe nos momentos finais e o apoio dos torcedores foram elogiados. “Sem a torcida, seria impossível. Eles acreditaram no 3 a 2 mesmo com o empate”, disse Paiva. O Botafogo chega aos nove pontos e pode garantir vaga nas oitavas de final com uma vitória simples sobre a Universidad de Chile, na terça-feira (27), às 21h30 (horário de Brasília), novamente no Nilton Santos.

Paiva também mencionou a dificuldade de manter o desempenho com um calendário apertado e pouco tempo para treinar. Para ele, a solução está na adaptação e na imprevisibilidade do esquema tático. “Quero que os adversários não saibam se viremos com dois atacantes ou não”, destacou.

Sobre o próximo desafio, o clássico com o Flamengo, Paiva demonstrou respeito, mas sem temor. “Vamos com zero medo. Somos campeões brasileiros e temos que jogar de igual para igual”, concluiu, enfatizando a importância da mentalidade competitiva para manter o Botafogo em alto nível.