Escudo da CBF (Foto: Reprodução)
Em sua coluna publicada na manhã desta sexta-feira (16 de maio), no UOL Esporte, Milly Lacombe propõe uma reflexão incisiva sobre o atual papel simbólico da Seleção Brasileira de futebol masculino. Para a jornalista, a equipe não representa mais a nação em termos de cultura e identidade, funcionando atualmente como um mero instrumento comercial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Segundo ela, “a Seleção é apenas um produto que promove jogadores, movimenta cifras bilionárias e não entrega futebol digno ou representativo”.
Lacombe descreve o desempenho dentro das quatro linhas como carente de qualquer padrão técnico ou tático consistente. Ela aponta para um estilo de jogo anacrônico, baseado em rigidez, conservadorismo e falta de ousadia. Além disso, critica a figura do treinador, tratado como um “coach motivacional”, destacando o legado de Tite como exemplo desse perfil superficial.
A colunista ainda aborda o que define como a “privatização da arquibancada”, criticando o comportamento pasteurizado e comercializado de parte do público que acompanha a equipe nos estádios.
Com músicas padronizadas, vestimentas padronizadas e entusiasmo fabricado, Lacombe denuncia o afastamento entre o time e os torcedores que, segundo ela, já não se sentem representados pelo que veem em campo.
Outro ponto que ela destaca é o protagonismo da chamada “panela Neymar S/A”, que segundo Milly, determina o cotidiano da equipe e impede a renovação. Ela insinua que jogadores e treinadores que não integram esse círculo acabam isolados, como teria ocorrido com Jorge Jesus. Dessa forma, Lacombe afirma que o time se tornou mais um símbolo das distorções do capitalismo contemporâneo, marcado por práticas excludentes e gestão opaca.
No plano simbólico, a autora faz uma crítica direta ao uso da camisa amarela, cuja imagem, para ela, foi associada a ideologias autoritárias nos últimos anos. “Ignorar a Seleção é compreensível, desprezá-la idem, e torcer contra pode ser até um ato de patriotismo”, defende a colunista, sugerindo que, para certos brasileiros, esse distanciamento pode significar resistência ao que a camisa representa hoje.
Assim sendo, Milly Lacombe desconstrói a ideia de que torcer para o Brasil é sinônimo de amor à pátria. Segundo ela, tal narrativa ignora o distanciamento crescente entre o povo e a equipe nacional. Para concluir, faz uma menção breve e irônica ao novo treinador: “Bem-vindo, Carlo Ancelotti. E boa sorte”.
A coluna, marcada por tom crítico e provocador, reforça o posicionamento da jornalista como uma das vozes mais contundentes no debate sobre o futebol brasileiro, abordando não apenas o desempenho esportivo, mas sobretudo os aspectos simbólicos, sociais e políticos que envolvem a Seleção Brasileira.
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