Mauro Cezar, comentarista da UOL Esporte (Foto: Reprodução/UOL Esporte)
A coluna de Mauro Cezar Pereira publicada no UOL expôs com clareza a disparidade atual entre Palmeiras e Flamengo, duas potências do futebol brasileiro. A análise parte de um ponto fundamental: enquanto o time paulista demonstra eficiência e controle sobre seu planejamento, o rubro-negro carioca sofre com reflexos de escolhas questionáveis feitas anteriormente.
O caso da Libertadores é emblemático. Por não ter conquistado resultados suficientes nas primeiras rodadas contra o Central Córdoba, o Flamengo se viu forçado a um esforço excessivo diante da LDU, o que gerou impacto direto na condição física do elenco no duelo seguinte pelo Brasileirão.
Essa sobrecarga resultou em uma série de desfalques no jogo contra o Botafogo: Plata, Allan, Pulgar, Gerson, Arrascaeta e, ainda durante a partida, De la Cruz — todos fora de combate, cinco deles com função direta no meio-campo.
Essa circunstância fez com que, após 20 minutos da etapa final, o único meio-campista de origem em campo fosse Evertton Araújo. A improvisação tomou conta da equipe, a ponto de Varela, lateral-direito, ser deslocado para atuar como volante, após Léo Ortiz já ter sido improvisado na função.
Mesmo tendo começado melhor no clássico contra o Botafogo, o Flamengo falhou em transformar domínio em gols. Conforme análise publicada pelo ge, o time manteve a posse e pressionou no campo ofensivo durante os primeiros 20 minutos, mas teve dificuldades para superar a defesa adversária.
Sem Gerson e Arrascaeta, a equipe careceu de criatividade e articulação. Luiz Araújo foi o que mais tentou, mas sua movimentação limitada prejudicou o desenvolvimento ofensivo.
No setor de ataque, Pedro, Bruno Henrique e Cebolinha tomaram decisões precipitadas, e Wesley, pela direita, errou passes simples. Como consequência, seis das oito finalizações do Flamengo no primeiro tempo foram bloqueadas, refletindo a falta de soluções coletivas e de precisão no terço final.
O desgaste, somado aos improvisos forçados por lesões, desfigurou o time na etapa complementar. Filipe Luís, que tentava conter a desorganização, admitiu: “Perdi a mão do jogo, ficou um pouco caótico. Posições não estavam sendo respeitadas”.
A tentativa de acalmar a partida, com mais posse e menos aceleração, foi em vão. O Flamengo manteve o controle territorial, mas não criou perigo real, e Rossi, com uma defesa importante em chute de Marlon Freitas, foi o destaque individual da equipe.
Enquanto isso, o Palmeiras venceu o Bragantino fora de casa mesmo saindo atrás no placar. O primeiro tempo foi apagado, com erros de decisão e atuação abaixo da média. No entanto, a equipe soube se reorganizar após o intervalo. João Martins, substituto do suspenso Abel Ferreira, promoveu alterações pontuais, trocando Allan e Facundo Torres por Mauricio e Luighi.
As mudanças surtiram efeito imediato: o time ganhou velocidade e volume, e a virada foi construída com forte participação dos reservas. Murilo empatou após cobrança de escanteio e, minutos depois, Luighi iniciou a jogada do segundo gol, finalizada por Mauricio após desvio da defesa.
“Felizmente conseguimos a superioridade na pressão”, declarou João Martins após o confronto.
Essa capacidade de resposta do Palmeiras, mesmo com desvantagem e fora de casa, contrasta com a instabilidade do Flamengo, principalmente no aspecto físico e tático.
O resultado colocou o time alviverde quatro pontos à frente do rival na tabela e evidenciou sua regularidade, especialmente pelas vitórias contra Vasco e Internacional — dois adversários que o Flamengo não conseguiu vencer, mesmo atuando no Maracanã.
A distância entre os dois clubes não se limita ao campo, mas se reflete na capacidade de organização, na administração do elenco e na execução em momentos-chave da temporada. Mauro Cezar foi direto ao afirmar que o Flamengo colhe os efeitos de seus próprios erros, enquanto o Palmeiras, mesmo diante de desafios, responde com consistência.
A análise deixa claro que, no atual momento do Brasileirão, o time paulista se destaca não apenas pelos pontos conquistados, mas pela forma como os conquista: com inteligência, profundidade de elenco e resiliência estratégica. Já o Flamengo, para retomar o rumo, precisará mais do que nomes renomados — será necessário corrigir rumos e reencontrar o equilíbrio que já teve em outras fases recentes.
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