Xabi Alonso, técnico do Bayer Leverkusen (Foto: Reprodução/Instagram)
Xabi Alonso está prestes a assumir o comando técnico do Real Madrid após o encerramento da temporada com Carlo Ancelotti, cujo último jogo será diante da Real Sociedad no Santiago Bernabéu. O ex-meia retorna à capital espanhola com a missão de evitar um cenário que não ocorre há quinze anos: o clube terminar duas temporadas seguidas sem conquistar ao menos um dos seus principais títulos — La Liga, Copa do Rei ou Liga dos Campeões.
Embora ainda não tenha sido oficializado pelo clube, o treinador espanhol já se movimenta nos bastidores e, inclusive, teria solicitado à diretoria a renovação do contrato de Luka Modric por mais um ano. O croata de 39 anos, cujo vínculo atual termina em junho, poderia alcançar a marca de 14 temporadas no clube, caso aceite estender sua permanência.
O desafio é imenso. Na atual temporada, os merengues ficaram em branco nas três competições de maior prestígio, algo que ocorreu apenas cinco vezes desde 2010. Alonso conhece essa realidade de perto: quando jogador, esteve em campo em campanhas onde o Real Madrid passou por períodos semelhantes de jejum.
Nas temporadas 2009/10 e 2012/13, por exemplo, o clube também terminou sem levantar troféus, situação que precedeu reações importantes, como a conquista da icônica “La Décima” em 2013/14.
Portanto, Alonso não chega às cegas. Sua vivência anterior no vestiário blanco pode ser um diferencial para lidar com a pressão e resgatar a confiança do elenco e da torcida.
Afinal, trata-se de um técnico que, ainda jovem na função, já levou o Bayer Leverkusen a um título inédito da Bundesliga e ao topo da Copa da Alemanha após mais de três décadas, além de ter conduzido o clube alemão à final da Liga Europa.
Embora a renovação com Modric possa parecer inesperada — considerando sua idade avançada e a redução de minutos na temporada por limitações físicas —, Alonso vê no camisa 10 um elo importante entre gerações e uma referência técnica e emocional. A escolha reforça também a intenção de equilibrar juventude com experiência no elenco madridista.
A reformulação, porém, vai além do meio-campo. O novo treinador e a cúpula liderada por Florentino Pérez enxergam como prioridade o fortalecimento da defesa. A equipe sofreu com ausências por lesão e já iniciou os ajustes, contratando o jovem zagueiro Dean Huijsen, de 20 anos, destaque do Bournemouth na Premier League.
Para a lateral-direita, Trent Alexander-Arnold aparece como principal alvo, mas há entraves quanto à sua liberação pelo Liverpool. Já no lado esquerdo, os nomes de Álvaro Carreras, do Benfica, e Grimaldo, ex-comandado de Alonso no Leverkusen, estão na pauta de negociações.
O primeiro compromisso oficial do novo ciclo será o Mundial de Clubes. O Real Madrid enfrentará na fase de grupos os times de Al Hilal, Salzburg e Pachuca. Caso avance, poderá ter pela frente rivais como Manchester City, Juventus ou PSG — adversários de peso que exigirão desempenho de alto nível logo de início.
Em resumo, Xabi Alonso assume um clube que, embora tenha mantido hegemonia europeia nos últimos anos, vê o domínio doméstico escapar sistematicamente para o Barcelona. Nos últimos 20 anos, os catalães venceram 30 títulos nacionais, contra apenas 16 dos blancos.
A missão do novo técnico, portanto, é dupla: reconstruir uma equipe que perdeu competitividade interna e, ao mesmo tempo, manter viva a identidade vencedora no cenário internacional.
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