Vinicius Júnior exibe o escudo do Real Madrid após marcar um gol pelo time da Espanha (Foto: Reprodução/Instagram)
A decisão do Tribunal Provincial de Valladolid, anunciada na terça-feira (21), provocou forte repercussão internacional ao condenar, pela primeira vez na história da Espanha, insultos racistas em um estádio como crime de ódio. O caso envolve cinco torcedores do Valladolid que ofenderam Vinicius Jr., do Real Madrid, durante uma partida realizada em 30 de dezembro de 2022.
A sentença, que determinou um ano de prisão, multas entre 1.080 e 1.620 euros, suspensão dos direitos políticos e proibição de atuação em atividades educacionais, esportivas e de lazer por quatro anos, foi considerada pelo jornal espanhol Marca como “histórica” e “sem precedentes”.
A publicação enfatizou que esta é a primeira vez que uma decisão judicial na Espanha reconhece esse tipo de comportamento como crime de ódio, indo além das habituais condenações por ofensas à integridade moral com agravantes de discriminação.
Embora os condenados tenham sido sentenciados ao encarceramento, a pena poderá ser suspensa mediante o cumprimento de duas condições: não reincidir por três anos e não frequentar estádios com competições nacionais durante o mesmo período.
Essa alternativa, aceita por todos os réus, não diminui a importância simbólica da decisão, pois o reconhecimento do racismo como crime de ódio representa uma mudança jurídica relevante no combate à intolerância no futebol.
Conforme destacado na cobertura da ESPN Brasil, a Justiça considerou que os insultos foram “proferidos com intenção de humilhar e ferir a dignidade do jogador, por motivos racistas evidentes”, sendo respaldados por registros audiovisuais captados por outros torcedores e amplamente disseminados nas redes sociais.
A LALIGA, responsável por iniciar o processo judicial, celebrou o desfecho como um avanço decisivo. Segundo nota oficial da entidade, a condenação “marca um antes e um depois” na luta contra o preconceito nos estádios. A entidade declarou que continuará atuando, por meio do projeto LALIGA VS, com campanhas de conscientização, apoio legal e tecnologias de identificação a fim de garantir um ambiente mais seguro e inclusivo.
“Continuaremos a trabalhar firmemente com as autoridades e os clubes para garantir que o futebol seja um espaço seguro, respeitoso e inclusivo para todos”, afirmou a organização, que classificou o resultado do julgamento como uma vitória coletiva contra a intolerância.
Inegavelmente, a decisão provocou eco além das fronteiras espanholas, principalmente por envolver um dos principais nomes do futebol mundial. O atacante brasileiro tem sido alvo recorrente de ataques discriminatórios em estádios europeus, e sua postura firme contra o racismo tem ganhado visibilidade global.
Aliás, a presença ativa do Real Madrid no processo, ao lado do atleta e da promotoria, reforçou a gravidade da situação e a necessidade de ações concretas.
A imprensa internacional destacou que, apesar das punições ainda evitarem o cumprimento efetivo da prisão, a qualificação legal como crime de ódio é um divisor de águas. Em outras palavras, estabelece-se um precedente jurídico robusto que pode influenciar futuras decisões em casos semelhantes, tanto na Espanha quanto em outros países europeus.
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