São Paulo é notificado na FIFA por calote milionário

Escudo do São Paulo (Foto: Reprodução/São Paulo)

O São Paulo vive mais um capítulo delicado em sua gestão financeira. O clube foi oficialmente notificado pela FIFA após o Sassuolo, da Itália, reclamar o atraso no pagamento da segunda e última parcela do empréstimo do zagueiro Ruan. O valor de 200 mil euros (cerca de R$ 1,2 milhão) deveria ter sido quitado em março, mas, por causa de outras prioridades, a diretoria tricolor adiou a quitação da dívida.

Vale destacar que o clube reconhece o débito e está em busca de recursos para regularizar a situação. Com isso, o presidente Julio Casares entrou diretamente nas tratativas com o presidente do Sassuolo, Carlo Rossi, e apresentou um prazo para resolver o impasse.

Impasse trava planos para manter Ruan no elenco

O atraso, no entanto, complicou as negociações para a permanência do defensor. Inicialmente, a diretoria do São Paulo sugeriu abater o valor em aberto no acordo de compra definitiva do jogador. Porém, os italianos rejeitaram qualquer avanço até que a dívida seja integralmente quitada.

Além disso, Ruan está emprestado ao Tricolor apenas até 30 de junho e seu futuro permanece indefinido. Isso porque, mesmo interessado em continuar no clube, o jogador tem recebido sondagens de outros times da Série A. Sendo assim, com apenas cinco jogos disputados, ele ainda está livre para atuar por outro time brasileiro na temporada.

Negociação travada lembra caso de outro reforço

Dessa maneira, o São Paulo tenta convencer o Sassuolo a renovar o empréstimo do zagueiro até o fim de 2025, com uma promessa de compra ao final do período estratégia semelhante à usada com o volante Marcos Antônio. Cabe ressaltar que, no caso do jogador da Lazio, as conversas avançaram mais facilmente.

Por isso, caso não consiga manter Ruan, o Tricolor já trabalha com a possibilidade de buscar um novo zagueiro no mercado. Desse jeito, o clube tenta minimizar os impactos de mais uma crise financeira que afeta diretamente o planejamento esportivo. Porque, no fim das contas, dívida e reforço não combinam.

Leandro Cardoso