Na primeira lista de convocados de Carlo Ancelotti como treinador da Seleção Brasileira, a surpresa ficou por conta da forte presença do Flamengo. Com cinco nomes chamados — Danilo, Léo Ortiz, Alex Sandro, Wesley e Gerson — o clube carioca se tornou a principal base da equipe.
Conforme analisado por Renato Mauricio Prado em sua coluna no UOL, nenhum outro time teve tamanha representatividade. O Paris Saint-Germain, por exemplo, aparece com dois atletas, enquanto gigantes como Real Madrid contam apenas com Vinícius Júnior.
Aliás, para o colunista, o número expressivo de flamenguistas não se justifica pelo desempenho atual da equipe. “Não creio que Don Carletto tenha visto jogar tanto assim o Flamengo de Filipe Luís”, escreveu.
Segundo ele, a convocação pode ter sido influenciada diretamente por figuras como Rodrigo Caetano e Juan. “Tantos rubro-negros na lista me cheira mais à influência de Caetano e Juan”, afirmou, lançando dúvidas sobre a real autonomia do treinador italiano nesta convocação inaugural.
Outro ponto enfatizado por Renato Mauricio Prado foi a ausência de Neymar. De volta ao Santos após lesão, o camisa 10 ficou de fora da lista dos 25 atletas chamados para os jogos contra Equador, no dia 5, e Paraguai, em 10 de junho — ambos válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
“A melhor notícia, entretanto, foi mesmo a ausência de Neymar”, escreveu o colunista, que interpretou a exclusão como um possível fim da suposta submissão da CBF ao jogador e seu entorno desde 2014.
O jornalista ainda destacou que o atleta “precisará provar que merece a convocação”, algo que, segundo ele, não foi feito nos últimos dois anos e meio. Essa postura marca, conforme apontado, um novo direcionamento no trato com figuras históricas da seleção.
Além da composição rubro-negra e da ausência de Neymar, a convocação também apresentou mescla entre juventude e experiência. Jogadores como Casemiro e Richarlison voltam ao grupo após período fora, ao passo que nomes menos consolidados como Andrey Santos (Strasbourg), Alexsandro Ribeiro (Lille) e Hugo Souza (Corinthians) figuram como apostas.
Vinícius Júnior, por sua vez, permanece como peça central do elenco, com expectativa de protagonismo ampliada neste novo ciclo.
Ainda assim, 15 dos convocados já haviam sido chamados por Dorival Júnior anteriormente, indicando certa continuidade no planejamento. Entre os novatos, destaca-se a convocação de Estêvão, do Palmeiras, uma das poucas exceções fora do eixo europeu e flamenguista.
Renato Mauricio Prado também ironizou a autenticidade da lista apresentada. Em postagem posterior, questionou: “Lista não foi do Ancelotti; acha mesmo que ele viu o Flamengo jogar?” A frase sintetiza o ceticismo do colunista em relação ao protagonismo do treinador na elaboração da convocação.
Conforme ele insinuou, o conteúdo divulgado teria mais a ver com articulações internas da CBF do que com critérios técnicos ou análise detalhada de desempenho em campo.
Atualmente, o Brasil ocupa a quarta colocação nas Eliminatórias, com 21 pontos, atrás de Argentina (31), Equador (23) e Uruguai (também com 21, mas com melhor saldo). Os compromissos diante dos equatorianos e paraguaios serão os primeiros testes práticos do novo ciclo sob comando de Ancelotti.
Embora o treinador tenha reafirmado que conta com Neymar para o futuro, a primeira impressão pública foi marcada por cortes estratégicos e decisões que levantaram polêmica.
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