Augusto Melo durante coletiva de imprensa do Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/ Corinthians)
Em uma noite marcada por tensão política e fortes repercussões nos bastidores, o Corinthians tomou uma das decisões mais impactantes de sua história recente. O Conselho Deliberativo (CD) aprovou, nesta segunda-feira (27), o impeachment e o afastamento temporário do presidente Augusto Melo, investigado por envolvimento em esquema de corrupção no caso VaideBet.
A decisão, embora traumática, foi respaldada pelo Estatuto do clube. O presidente do CD, Romeu Tuma Júnior, explicou os próximos passos do processo e o que o torcedor pode esperar daqui pra frente.
Logo após o fim da votação no Parque São Jorge, Tuma foi direto ao ponto: “Não é um momento feliz para o Corinthians, mas é o que está no Estatuto.”
Ele enfatizou que o rito legal foi seguido à risca e que a destituição de Augusto Melo é de caráter cautelar. Além disso, garantiu que a defesa teve espaço para se manifestar, como previsto no artigo 107 do regulamento interno. Dessa maneira, o clube tenta preservar sua integridade institucional.
A votação foi contundente, 176 votos a favor, 57 contrários e um nulo. Apenas dois conselheiros não participaram, um deles foi o sobrinho de Augusto Melo. Por isso, o placar evidencia o desgaste interno da gestão e o desejo do Conselho por mudanças.
Sendo assim, a saída temporária de Melo já era esperada, até mesmo por ele, que adotou tom de despedida antes da reunião.
Com o afastamento, o vice-presidente Osmar Stabile assume o comando do clube. Romeu Tuma destacou que ele tem total liberdade para reorganizar a diretoria.
“O presidente que assumiu terá seu planejamento”, afirmou. Cabe ressaltar que a antiga diretoria é considerada demissionária e os cargos ficam disponíveis. Isso porque o novo líder pode montar sua própria equipe enquanto estiver no cargo.
Tuma agora tem cinco dias para convocar a Assembleia Geral, que votará a destituição definitiva ou a recondução de Augusto Melo.
“Vamos tomar decisão oportuna no momento correto”, afirmou. Com isso, o futuro do clube está nas mãos dos associados, sem data marcada até o momento. Vale destacar que o Estatuto impede anistias ou parcelamentos noventa dias antes da assembleia.
Augusto Melo foi eleito em novembro de 2023 e não resistiu à pressão causada pelas investigações do caso VaideBet. Ele foi indiciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado.
O episódio envolveu suspeitas de uso de laranjas em contratos com a ex-patrocinadora. Portanto, o caso escancarou falhas graves na gestão.
Caso a Assembleia confirme o impeachment, o clube terá nova eleição indireta dentro do Conselho Deliberativo.
“Os candidatos são do Conselho e o Conselho vota no candidato que se apresentar no momento oportuno”, disse Tuma.
Desse jeito, a escolha de um novo presidente será feita internamente, se ainda houver mais de seis meses para o fim do mandato. Isso porque o Estatuto prevê essa alternativa para garantir continuidade à administração.
Sendo assim, o Corinthians vive dias turbulentos nos bastidores, tentando reconstruir sua imagem institucional enquanto lida com as consequências de um escândalo que abala até os pilares mais tradicionais do clube.
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