Torcida do Corinthians (Foto: Rorigo Coca/Agência Corinthians)
O Corinthians vive um dos momentos mais turbulentos de sua história política. Atualmente, duas figuras reivindicam o posto mais alto do clube: Augusto Melo, eleito em 2023 e afastado pelo Conselho Deliberativo, e Osmar Stabile, seu vice, que se considera o presidente interino após decisão do colegiado. O cenário gerou forte tensão na sede do clube, culminando com invasão de torcedores e presença policial.
Augusto Melo sustenta que permanece presidente com base em medidas administrativas internas, que incluem a suspensão de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo. Essa punição, segundo ele, teria tornado inválida a sessão que votou por seu afastamento, o que levaria à sua recondução automática. Contudo, não houve liminar da Justiça que ratificasse essa retomada do cargo.
A conselheira Maria Angela de Souza Ocampos, aliada de Melo, assumiu interinamente a presidência do Conselho com base na suposta vacância deixada por Tuma e suspendeu os atos por ele realizados desde 9 de abril. A validade desses atos, no entanto, é alvo de forte contestação.
Osmar Stabile não reconhece a destituição de Tuma nem a legitimidade das ações de Maria Angela. Conforme seu entendimento, respaldado pelo artigo 89 do estatuto, a Comissão de Ética não possui autoridade para afastar diretamente o presidente do Conselho.
Tal deliberação, conforme o texto estatutário, precisaria ser votada em plenário com cerca de 300 conselheiros. Portanto, ele se considera legitimamente empossado após o afastamento preliminar de Augusto.
Romeu Tuma Jr., por sua vez, classifica como “patética” a tentativa de golpe e afirma jamais ter sido notificado oficialmente sobre seu afastamento. Segundo ele, o documento que embasa a suspensão não possui respaldo jurídico e foi assinado apenas por um relator da Comissão de Ética, sem deliberação formal do Conselho.
A tensão explodiu no sábado (31 de maio), quando Augusto Melo, amparado por aliados, tentou reassumir a presidência na sede do clube. Ele se baseava no documento assinado por Maria Angela. Porém, foi confrontado por Stabile, que recusou-se a deixar o cargo. A discussão evoluiu para confusão generalizada com entrada de torcedores organizados e necessidade de intervenção da Polícia Militar.
Durante o tumulto, Melo acusou um torcedor de ameaçá-lo de morte e registrou boletim de ocorrência. Em contrapartida, aliados de Stabile também acionaram a polícia, acusando Melo de constrangimento ilegal e tentativa de usurpar a presidência sem amparo legal.
Apesar de derrotado no Conselho Deliberativo por 176 votos contra 57, Augusto Melo ainda não teve seu impeachment confirmado. A destituição definitiva depende de uma assembleia de sócios marcada para 9 de agosto, no Parque São Jorge.
O episódio que levou ao processo tem como base o escândalo envolvendo a patrocinadora VaideBet, no qual Melo foi indiciado por crimes como furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Além dele, outros membros da gestão, como Sérgio Moura e Marcelo Mariano, também foram implicados. Caso a assembleia confirme sua saída, uma nova eleição entre os conselheiros definirá o mandatário até o fim de 2026.
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