Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira de Futebol (Foto: CBF/Rafael Ribeiro)
A Fifa notificou oficialmente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para prestar esclarecimentos sobre o envolvimento de Diego Fernandes na contratação de Carlo Ancelotti como novo treinador da Seleção Brasileira.
O empresário, que atua no setor financeiro e presta consultoria a atletas, não possui registro como agente licenciado pela entidade máxima do futebol mundial, condição obrigatória para intermediar negociações envolvendo técnicos ou jogadores em âmbito internacional.
Segundo documento enviado pela Fifa, datado de 28 de maio, foram solicitadas informações detalhadas sobre a participação de Fernandes, incluindo comunicações trocadas, pagamentos realizados, acordos firmados e dados cadastrais. A entidade internacional considera que a situação “pode configurar uma violação” do Regulamento de Agentes de Futebol, vigente desde outubro de 2023.
Em resposta, a CBF alegou que o contrato com Ancelotti foi elaborado ainda durante a gestão de Ednaldo Rodrigues, destituído da presidência por decisão judicial em 15 de maio. A nova direção afirmou, por meio de nota, que está avaliando a situação internamente, com apoio da área de governança e compliance, e que os acordos firmados possuem cláusulas de confidencialidade.
Ainda que Fernandes tenha exercido papel ativo nas tratativas, a CBF sustenta que qualquer remuneração por sua intermediação só poderá ser efetivada após sua inscrição oficial como agente autorizado junto à própria entidade. O empresário, por sua vez, defende que atuou como consultor, justificando que o curto prazo disponível inviabilizou o trâmite burocrático para o registro como agente da Fifa.
A atuação de Fernandes rendeu um acordo que prevê o pagamento de € 1,2 milhão (equivalente a R$ 7,7 milhões na cotação atual), quantia atrelada à sua mediação no processo de contratação do técnico italiano. Conforme informações de bastidores, ele foi o principal elo entre Ancelotti e a antiga diretoria da CBF, viabilizando a chegada do comandante europeu ao cargo.
A atual administração chegou a avaliar a possibilidade de rever o contrato assinado com o empresário, mas o setor jurídico concluiu que as chances de êxito na Justiça seriam mínimas. Isso porque o documento foi celebrado legalmente enquanto Ednaldo ainda ocupava o cargo de forma oficial, o que confere validade jurídica ao compromisso firmado.
Carlo Ancelotti assumiu oficialmente o comando da Seleção Brasileira na segunda-feira (26 de maio), com contrato válido até a Copa do Mundo de 2026. A negociação, embora concretizada, tornou-se alvo de questionamentos após a divulgação da participação de um intermediário não licenciado, fator que motivou a reação imediata da Fifa.
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