Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira de Futebol (Foto: CBF/Rafael Ribeiro)
Carlo Ancelotti iniciou oficialmente seu ciclo à frente da Seleção Brasileira na segunda-feira (02), com um treino realizado no CT Joaquim Grava, em São Paulo. O treinador italiano teve o primeiro contato direto com o elenco após uma série de visitas às instalações da CBF e presença em jogos pelo Brasil.
A estreia ocorrerá nesta quinta-feira (05), diante do Equador, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Em seguida, a equipe enfrentará o Paraguai na terça-feira (10), também em compromisso oficial.
Conforme registrado, a primeira reunião entre treinador e atletas aconteceu no hotel onde a delegação está concentrada. Nela, Ancelotti apresentou sua filosofia e diretrizes iniciais, com foco em consolidar a classificação antecipada para o Mundial.
À tarde, o grupo foi ao campo para um trabalho com portões abertos parcialmente à imprensa, que pôde acompanhar os primeiros 15 minutos da atividade, restrita ao aquecimento. Na ocasião, alguns atletas vindos do Brasileirão realizaram apenas treino regenerativo, e cinco jogadores das categorias de base do Corinthians completaram o treino.
O calendário até o início da Copa, marcada para o dia 11 de junho de 2026, impõe a Ancelotti um período extremamente restrito de preparação: apenas 46 dias de convívio direto com os jogadores até a abertura do torneio. Para a definição da lista final de convocados, esse tempo será ainda menor — apenas 36 dias efetivos de trabalho antes da convocação final.
Esses encontros serão distribuídos em “pílulas”: além dos nove dias agora em junho, o técnico contará com mais duas datas Fifa em 2025, com duração semelhante.
Em 2026, antes do Mundial, mais duas janelas serão disponibilizadas — a de março, destinada às últimas observações, e a de junho, voltada aos ajustes finais e possíveis amistosos.
Diante desse cenário, é provável — e o próprio treinador já sinalizou isso — que não haverá espaço para grandes inovações táticas. O italiano deve recorrer ao modelo de jogo que aplicou recentemente no Real Madrid, valorizando a verticalidade e a capacidade de decisão de jogadores como Vinícius Júnior, cuja liderança ofensiva será fundamental.
Essa abordagem favorece, aliás, os atletas que atuam no futebol europeu, dado o maior repertório adquirido em ambientes com variações táticas mais amplas. Um exemplo claro dessa preferência foi o retorno de Casemiro, mesmo após mais de um ano e meio fora da Seleção.
Ancelotti o considera peça-chave no meio-campo e conta com sua experiência para comandar o setor.
Além do pouco tempo disponível, o treinador já enfrenta problemas práticos. Para a estreia contra o Equador, não poderá contar com Raphinha, suspenso. O atacante estará apto apenas para o jogo contra o Paraguai. A ausência de peças importantes e a necessidade de recompor a confiança da torcida brasileira são obstáculos adicionais neste início de trajetória.
De acordo com o zagueiro Alexsandro, “a expectativa é igual a de sempre. Na seleção, o objetivo é sempre ganhar e deixar o Brasil no topo. O nosso objetivo é ganhar esses dois jogos”.
Assim sendo, os 46 dias que restam até a estreia do Brasil na Copa do Mundo configuram uma verdadeira corrida contra o tempo para Carlo Ancelotti. Entre decisões táticas conservadoras, limitações de agenda e necessidade de adaptação, o treinador inicia sua missão com foco pragmático.
Afinal, o desafio principal não é apenas montar um time competitivo, mas fazê-lo em tempo recorde — e sob os holofotes de uma torcida exigente.
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