São Paulo

Veja detalhes da lesão de Lucas Moura, do São Paulo

Lucas Moura, meia-atacante do São Paulo, está afastado desde março em razão de uma lesão incomum no futebol: o estiramento da cápsula posterior do joelho direito. O problema ocorreu durante a semifinal do Campeonato Paulista contra o Palmeiras, no Allianz Parque, em 10 de março. Após um breve retorno contra Fortaleza e Alianza Lima, o atleta voltou a sentir dores e precisou ser novamente afastado.

A cápsula posterior do joelho, apesar de pouco conhecida, exerce função crucial na articulação. Ela é formada por tecido conjuntivo resistente e está localizada na parte de trás do joelho, próxima à fossa poplítea. Atua na estabilização da articulação, contenção do líquido sinovial e proteção de estruturas neurovasculares essenciais. Embora não seja um ligamento isolado, funciona como uma espécie de barreira de contenção, sobretudo em movimentos de hiperextensão.

Esse tipo de lesão pode acontecer em situações específicas, como travamento do pé no solo com impulso para trás, choques frontais com o joelho estendido ou movimentos combinados de rotação e extensão. Jogadores de futebol estão suscetíveis, especialmente em divididas ou entradas por trás. Conforme especialistas, os sintomas variam entre dor profunda, inchaço leve, instabilidade, espasmos musculares e dificuldade em executar ações rápidas.

O diagnóstico costuma ser desafiador. Exames clínicos convencionais frequentemente confundem a lesão com outros quadros, como tendinites. Mesmo a ressonância magnética, aliás, pode não detectar com precisão o estiramento da cápsula. Isso, por sua vez, retarda o início do tratamento adequado e compromete a recuperação. A explicação é de Adriano Leonardi, médico do esporte e especialista em traumatologia do esporte e cirurgia de joelho, ao ‘Eu Atleta’.

O tratamento é primariamente conservador, baseado em fisioterapia, fortalecimento muscular e reabilitação funcional. Cirurgias são indicadas apenas em casos graves. Ainda assim, o retorno ao alto rendimento é gradual e exige acompanhamento multidisciplinar. A confiança do jogador no joelho, afinal, leva tempo para ser restabelecida.

Portanto, lesões na cápsula posterior do joelho exigem atenção especial. O reconhecimento precoce e o cuidado contínuo são primordiais para evitar complicações futuras e garantir que o atleta possa, eventualmente, voltar com segurança às competições.

Paula Mattos

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