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Declaração do presidente da Conmebol deixa CBF contente

Reeleito para um novo mandato à frente da Conmebol, Alejandro Domínguez anunciou a intenção de implementar um sistema de fair play financeiro nas competições da entidade. Conforme destacou em seu discurso nesta quinta-feira (12 de junho), a proposta visa criar um mecanismo de controle sobre os gastos dos clubes sul-americanos, sobretudo diante do aumento expressivo das receitas, especialmente com premiações. “Temos que cuidar muito bem da saúde do nosso futebol”, afirmou. “De nada serve gerar dinheiro e investir, com os clubes ficando cada vez mais endividados”.

A permanência de Domínguez no cargo está garantida até pelo menos 2031, o que, segundo ele, representa uma janela importante para consolidar mudanças estruturais no futebol continental. Assim sendo, o dirigente defende que o novo modelo ajude a evitar que o crescimento financeiro dos clubes seja acompanhado por dívidas igualmente crescentes. Embora tenha sido enfático em sua defesa da nova política, ele não especificou quando o regulamento entrará em vigor ou quais serão seus critérios.

Samir Xaud presidente CBF (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Aliás, a proposta foi bem recebida por Samir Xaud, presidente da CBF. Xaud, que assumiu o comando da entidade após suceder Ednaldo Rodrigues, já havia demonstrado publicamente apoio à ideia de um sistema de controle financeiro no futebol brasileiro. Segundo ele, a medida é fundamental para dar mais solidez aos clubes e criar um ambiente de gestão responsável.

Desde a confirmação de sua eleição, Xaud publicou uma portaria que determina a formação de um grupo de trabalho com o objetivo de discutir os parâmetros de um possível fair play financeiro em competições organizadas pela CBF. “Queremos clubes fortes”, pontuou Domínguez. “Queremos que se invista o dinheiro na logística que nos vai assegurar o futuro”.

Apesar disso, ainda não há clareza sobre como o modelo será implementado nas diferentes realidades econômicas do continente. Afinal, a disparidade de arrecadação entre clubes de países como Brasil e Argentina, em comparação com outros mercados menores da América do Sul, pode ser um obstáculo. Entretanto, tanto Domínguez quanto Xaud sinalizam disposição para tratar o tema com seriedade.

A expectativa, portanto, é de que as entidades avancem nas discussões nos próximos meses. Conforme indicam os movimentos recentes da Conmebol e da CBF, há uma tentativa de alinhar os modelos de gestão ao que já é adotado em mercados como o europeu, onde regras de fair play financeiro têm sido discutidas há mais de uma década, com diferentes níveis de eficácia.

Matheus Felipe

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