BAP, presidente do Flamengo (Foto: Reprodução)
A crise nos bastidores do Flamengo ganhou novos capítulos nos últimos dias, envolvendo o diretor de futebol José Boto. Contratado no início do ano para assumir o departamento, o dirigente português enfrenta questionamentos internos e externos após uma série de decisões contestadas. Embora o desgaste seja evidente, o presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, assegurou que não pretende realizar mudanças no comando do futebol.
A relação entre Boto e membros da diretoria foi afetada por diversos episódios, sendo o mais recente a tentativa frustrada de contratação de Mikey Johnston. O atacante, que atua no West Bromwich, chegou a ter negociação encaminhada, mas as tratativas foram canceladas após críticas à condição física do atleta e pressão da torcida. O recuo da diretoria, que contrariou a recomendação do departamento de scout liderado por Boto, deixou o dirigente incomodado com o que considerou uma “desautorização”.
Além disso, a saída de jogadores como Gerson e Victor Hugo também contribuíram para o aumento da tensão no ambiente interno. A transferência de Gerson ao Zenit e a liberação de Victor Hugo para o Famalicão, sem retorno financeiro imediato, geraram insatisfação entre dirigentes e torcedores. A conduta de Boto, em alguns casos vista como passiva, alimentou críticas ao seu modelo de gestão.
Internamente, a relação com o técnico Filipe Luís também tem sido motivo de desconforto. A amizade entre os dois é vista com reservas por parte da diretoria, que reprova interferências do treinador em outras áreas do clube. O caso do psicólogo do elenco, por exemplo, escancarou o descompasso entre o que desejava a presidência e a condução da comissão técnica com apoio do diretor.
Em entrevista ao jornalista Paulo Vinicius Coelho, Bap tentou minimizar a crise e reafirmou a permanência de Boto no cargo. “Jamais pensei em mudar o comando do futebol do Flamengo”, declarou o presidente, reforçando que eventuais mudanças ocorreriam apenas por decisão do próprio dirigente.
A insatisfação com a exposição pública também foi registrada após a eliminação no Mundial de Clubes. Em meio à repercussão negativa, Boto foi acusado de vazar informações sobre uma possível negociação de Pedro. A falta de alinhamento com o departamento de comunicação acentuou o atrito interno, especialmente após notas oficiais contraditórias sobre o caso.
Apesar das turbulências, o presidente sustenta o respaldo ao dirigente, que segue à frente do futebol rubro-negro. Contudo, o ambiente no Ninho do Urubu permanece instável, e novas decisões podem impactar diretamente na condução da temporada.
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