Pedro embarca com a delegação do Flamengo - Foto: Adriano Fontes/Flamengo
Ricardo Rocha, campeão mundial em 1994, analisou a crise envolvendo Pedro e Filipe Luís e apontou falhas na condução do Flamengo. Durante participação no programa “Galvão e Amigos”, exibido na segunda-feira (14), o ex-zagueiro afirmou que, diante do contexto, a permanência do atacante se torna inviável. Para ele, a tensão entre o jogador e o treinador cria um ambiente “insustentável”.
“Pela declaração dele, acho que sai. Ele foi incisivo, conversou com os jogadores e algumas pessoas da comissão, mas não gostou do que o treinador falou. Ele foi claro. Então, como é que vai ser esse dia a dia de trabalho?”.
Além de considerar o clima interno comprometido, Rocha responsabilizou a gestão rubro-negra pela ausência de controle da situação. Criticou diretamente o executivo de futebol, José Boto, por se omitir publicamente e permitir a exposição do técnico.
“Eu acho que as declarações deveriam ser dadas pelo Boto, até porque é melhor você preservar o seu treinador, ele não poderia expor desse jeito. Eu adoro os dois (Filipe Luís e Pedro), mas a maneira com que foi falado é pesada”.
Após as declarações de Filipe Luís, o estafe de Pedro procurou a diretoria para expressar insatisfação com o tratamento recebido. Conforme apuração do jornalista Venê Casagrande, os representantes do atleta não descartam buscar oportunidades de transferência. O centroavante possui vínculo com o Flamengo até dezembro de 2027, e seu valor de mercado está avaliado em 22 milhões de euros (aproximadamente R$ 143,6 milhões).
Internamente, há percepção de que o episódio desgastou a relação entre as partes. Mesmo com contrato longo, Pedro não pode atuar por outra equipe do futebol brasileiro na atual edição do Campeonato Brasileiro nem da Copa do Brasil.
Em resposta à repercussão da coletiva, Pedro convocou os colegas de equipe para uma reunião privada no Ninho do Urubu. No encontro, realizado na segunda-feira (14), o atacante afirmou que a notícia de uma suposta negociação por 15 milhões de euros, divulgada ao jornalista Mauro Cezar Pereira, comprometeu seu desempenho na semana anterior.
Ainda conforme seu relato, o abalo emocional teria sido determinante para o baixo rendimento nos treinos. O camisa 9 não pediu desculpas ao grupo, mas disse compreender sua exclusão da lista de relacionados para o jogo contra o São Paulo. Contudo, classificou a fala do treinador como excessiva.
Em publicação nas redes sociais, Pedro confirmou o desconforto com a forma como foi tratado internamente. Declarou que se sentiu exposto e que o episódio influenciou negativamente sua atuação nos treinamentos.
“É inegável que me senti desvalorizado e exposto, após um ‘membro’ do departamento de futebol do clube ter me colocado à venda e descartado para sequência da temporada”.
O atleta também se manifestou sobre o tom da entrevista do técnico, alegando que “a explicação para não estar relacionado era simples e clara, mas a maneira que foi exposta, publicamente, foi acima do tom e desrespeitosa”.
O atacante, porém, permanece fora da lista de relacionados do clube. Sendo assim, será baixa diante do Santos, nesta quarta-feira (16), às 10h, na Vila Belmiro.
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