Flamengo

Samuel lino rejeitou a Europa para assinar com o Flamengo

A trajetória de Samuel Lino no Flamengo começou ainda em 2017, quando o atacante atuou por empréstimo nas categorias de base, após se destacar pelo São Bernardo na Copa São Paulo. Apesar da breve passagem, o período serviu como aprendizado, conforme relatado pelo próprio jogador.

Agora, aos 25 anos, ele retorna ao clube com um contrato válido até 2029, após ser adquirido junto ao Atlético de Madrid por 22 milhões de euros (cerca de R$ 143 milhões), tornando-se a contratação mais cara da história rubro-negra.


Escolha pelo Flamengo

Durante sua apresentação oficial no CT do Ninho do Urubu, na sexta-feira (01 de agosto), o jogador revelou ter recusado propostas da Europa e do mundo árabe. Segundo ele, o fator decisivo foi o peso do Flamengo no cenário nacional e sua influência na Seleção Brasileira.

“Tive propostas bem interessantes da Europa, financeiramente boas da Arábia, mas quando veio o Flamengo com uma boa proposta, pensei que era um clube gigantesco, que eu já tinha jogado, disputando títulos e vejo muitos jogadores chegando na Seleção. Isso me atraiu muito mais do que os projetos da Europa e outros países”.

Lino reforçou que o projeto esportivo, a familiaridade cultural, a proximidade com a família e o ambiente competitivo do futebol nacional foram determinantes. Ele afirmou ainda que o crescimento do mercado brasileiro foi essencial em sua decisão.


Pressão pela maior contratação

Apesar de ocupar o posto de reforço mais caro do clube, o atacante minimizou qualquer tipo de cobrança excessiva. Para ele, o desempenho em campo é o que realmente define um jogador.

“Ser a maior contratação da história do Flamengo é uma coisa incrível, motivo de muito orgulho. Nosso time tem muito talento, mas o nome não entra em campo, números não entram em campo se você não der tudo de si”.


Objetivos com a camisa rubro-negra

A decisão de retornar ao futebol brasileiro também está ligada ao sonho de disputar a Copa do Mundo de 2026. Lino acredita que o Flamengo é uma vitrine valiosa para alcançar esse objetivo, citando o número de convocados do clube nas listas recentes da Seleção.

“Meu sonho e objetivo é jogar pela Seleção, atuar em uma Copa do Mundo. Vim para o Flamengo para buscar esse objetivo. Vou trabalhar o máximo que eu puder por isso”.


Estreia, estilo de jogo e adaptação

Na quinta-feira (31), Samuel Lino estreou na derrota por 1 a 0 contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil. Mesmo com pouco tempo de treino, ele entrou no segundo tempo e teve boa atuação, com dribles e movimentações que deram nova dinâmica ao ataque. O gol marcado chegou a ser anulado por impedimento.

Sobre o entrosamento com o time, o camisa 16 destacou a conversa com o técnico Filipe Luís como fundamental para sua rápida adaptação.

“Eu tive uma conversa com o Filipe, ele me mostrou o modelo de jogo. Mostrou que eu já vinha fazendo algumas coisas no Atlético, estar aberto, dar profundidade, pedir bola nas costas. Quando vi, fiquei mais tranquilo para conseguir me adaptar rapidamente ao estilo de jogo que ele pede”.


Experiência na Europa e maturidade

Com seis anos de futebol europeu, incluindo três temporadas em Portugal e uma passagem pelo Atlético de Madrid, o atacante acredita ter adquirido mais maturidade, especialmente tática. Ele destacou a influência de Diego Simeone em sua formação defensiva e o convívio com atletas experientes como elementos fundamentais em sua evolução.

“—rabalhar com grandes jogadores também me ajudou, ver como eles trabalham, como se comportam dentro de campo. Me fez crescer e hoje vejo que estou muito maduro dentro de campo”.


Ambientação e perspectivas

O jogador também comentou sobre a exigência física no calendário brasileiro, a semelhança com o ritmo europeu e a importância da preparação para lidar com a carga de jogos. Ele acredita que todos no elenco precisam estar prontos para atuar, independentemente do status de titular ou reserva.

Por fim, ele reforçou seu desejo de deixar o apelido “Samuel Liso” de lado e se apresentar como Samuel Lino. Ao comentar sobre a camisa 16, afirmou não saber que já havia sido utilizada por Filipe Luís, mas demonstrou felicidade por manter um número que o marcou em sua passagem pelo Valencia.

Ana Teixeira

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