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Saída de Gerson mexeu com o Flamengo, avalia Luxemburgo

A saída de Gerson para o Zenit, concretizada na atual janela de transferências por 25 milhões de euros, alterou de forma significativa a estrutura do Flamengo. O volante, revelado pelas categorias de base do Fluminense e consolidado no clube carioca, acumulou ao longo de suas duas passagens 19 gols e 34 assistências em 253 partidas. Nesta temporada, antes da negociação, já havia contribuído com dois gols e quatro assistências em 28 jogos.

Vanderlei Luxemburgo, durante participação no programa “Galvão e Amigos” na segunda-feira (11), analisou o impacto da ausência do camisa 8 e apontou que Filipe Luís tem enfrentado dificuldades para manter o dinamismo na criação e no apoio ofensivo. Ele destacou que Gerson tinha a capacidade de se dividir entre funções defensivas e ofensivas, atuando como um elemento surpresa no ataque.

Vanderlei Luxemburgo (Photo by VCG/VCG via Getty Images)

“A saída do Gerson representou uma queda ao Flamengo, porque ele estava sempre pisando na área e também era garçom, dava cada passe. Pisava na área e servia o pessoal. Então, isso faz muita falta”, declarou Luxemburgo.

Após a transferência, o desempenho ofensivo do time apresentou redução: foram 10 gols marcados em nove partidas. Mesmo assim, Luxemburgo acredita que o Flamengo mantém status de favorito no Brasileirão, ressaltando que, dentro da realidade da competição, o desempenho ainda é o mais consistente. Segundo ele, é natural que nem sempre a equipe consiga vitórias por grandes goleadas.

“Dentro da realidade do Campeonato Brasileiro, o Flamengo é o time com melhor performance. Os zagueiros fazem gol, o meio-campo e o ataque também. Não vão conseguir ganhar de quatro, cinco, toda hora”, afirmou o treinador.

O comentarista também avaliou o elenco após a vitória por 2 a 1 sobre o Mirassol no último sábado (09), pela 19ª rodada do Brasileirão. Embora o Rubro-Negro tenha garantido o resultado com gols de Léo Pereira e Gonzalo Plata, Luxemburgo apontou carências ofensivas e a necessidade de mais jogadores com faro de gol.

“É a característica dos jogadores. Tem que ter mais jogador que faça gol. Você acha que o Cebolinha é artilheiro? Não é. Quando é o Pedro, Bruno Henrique, até tem mais. O Cebolinha nunca foi jogador de fazer muito gol. Os laterais do Flamengo também não são de fazer muito gol”, analisou.

Segundo Luxemburgo, o equilíbrio da equipe é positivo, mas os adversários já assimilaram o estilo de jogo, o que exige peças capazes de decidir partidas de forma individual. Na tabela, de acordo com o Departamento de Matemática da UFMG, o Flamengo aparece com 48% de chances de título após o fim do primeiro turno, somando 40 pontos e ocupando a vice-liderança, três pontos atrás do Cruzeiro, que tem um jogo a mais, e quatro do Palmeiras, que disputou uma partida a menos.

Matheus Felipe

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