Brasileirão

Presidente da CBF abre o jogo sobre mudanças no calendário

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prepara um novo modelo de calendário para os próximos anos. A proposta está sendo conduzida sob a gestão de Samir Xaud e pretende aliviar a sobrecarga de partidas enfrentada pelos clubes, respeitando, ao mesmo tempo, as datas das entidades internacionais. A previsão é de que o novo formato seja apresentado ainda em 2025 e entre em vigor gradualmente até 2027.

De acordo com Xaud, a reformulação visa reduzir o número de jogos em diversas competições organizadas pela CBF, com destaque para a readequação dos campeonatos estaduais. Esses torneios terão o número de datas limitado a 11 para os clubes das Séries A e B, enquanto as federações que não contam com representantes nas principais divisões terão liberdade para ajustar seus formatos conforme suas realidades locais.

Segundo o presidente da entidade, a elaboração do calendário nacional só ocorre após a divulgação das agendas da FIFA e da Conmebol. “Precisamos primeiro nos adaptar às datas internacionais para, em seguida, organizarmos nosso próprio calendário. E estamos comprometidos em encerrar a temporada de 2025 dentro do cronograma”, disse o dirigente durante entrevista ao canal por assinatura SporTV.

Além dos estaduais, outras competições também estão no escopo da reformulação. A Série D será expandida, e a Copa do Brasil passará por ajustes no regulamento. A ideia, conforme explicou Xaud, é tornar o torneio ainda mais atrativo e vantajoso para os clubes de menor expressão, tanto em visibilidade quanto em retorno financeiro.

“A Copa do Brasil é uma das competições mais democráticas que temos. Queremos aprimorar o formato, sem perder a essência do torneio, que é justamente proporcionar oportunidades aos clubes menores”, comentou o presidente, evitando antecipar detalhes técnicos das possíveis mudanças.

Outra medida em discussão envolve a participação brasileira na Libertadores. A CBF negocia com a Conmebol a substituição das duas vagas na fase classificatória do torneio continental por uma vaga direta na fase de grupos. A intenção é reduzir deslocamentos e preservar o tempo de preparação das equipes brasileiras durante a temporada.

Ao abordar a criação de novas divisões nacionais, como uma possível Série E, Xaud foi direto ao afirmar que a proposta não está no planejamento atual. A opção da CBF é oferecer mais autonomia às federações locais para que organizem seus estaduais com maior margem de datas, especialmente em regiões onde os clubes não disputam o cenário nacional.

Por fim, Xaud reforçou o compromisso da entidade com os estaduais. “A CBF vai fazer de tudo para preservar esses campeonatos. Eles são parte importante da nossa cultura esportiva e devem continuar existindo, mesmo com menos datas disponíveis”, declarou.

Paula Silva

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