Samir Xaud presidente CBF (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) trabalha na implementação de uma nova regulamentação financeira que promete impactar diretamente a gestão dos clubes a partir de 2026. O projeto de Fair Play Financeiro tem como base a responsabilidade orçamentária e já está em processo de construção com a participação de representantes das Séries A e B, além de federações estaduais.
O modelo em debate prevê sanções a equipes inadimplentes, com destaque para a possibilidade de aplicação de transfer ban — mecanismo que impede a inscrição de novos jogadores enquanto houver pendências financeiras. Embora a proposta ainda esteja em desenvolvimento, a primeira versão do regulamento deve ser apresentada em novembro, com aplicação progressiva no ano seguinte.
“O ‘kickoff’ foi dado. Há algumas semanas, tivemos o primeiro encontro com todos os clubes da Série A, 14 da Série B, federações e os especialistas”, destacou o presidente da CBF, Samir Xaud, ao comentar o início das discussões formais sobre o modelo. O dirigente também indicou que o objetivo é alcançar uma solução autossustentável: “Você só vai gastar o que arrecada”.
Aliás, o projeto pode incluir mecanismos adicionais a partir do terceiro ano de vigência. Estão em análise medidas como perda de pontos e exclusão de campeonatos, o que amplia o leque de punições para os clubes que não se adaptarem às novas regras. Contudo, o sistema será aplicado com período de transição, para evitar impactos drásticos no cenário competitivo nacional.
Xaud também apontou que a medida visa coibir o chamado “doping financeiro”, em que clubes altamente endividados mantêm contratações de alto custo, afetando adversários que atuam com mais rigor orçamentário. Conforme o dirigente, o novo modelo também busca “evitar um endividamento dos clubes” e garantir “um futebol que tenha teto de gastos”.
O Flamengo, um dos principais entusiastas do projeto, participa ativamente das discussões. O presidente do clube, Rodolfo Landim (Bap), afirmou que a instituição trata o tema com seriedade e urgência. “O Flamengo vê esse assunto com seriedade e até com certa ansiedade”, declarou, ao citar casos internacionais que envolveram transfer bans, como o do Leixões, de Portugal.
Por enquanto, o percentual de limite de gastos ainda está sendo debatido. A proposta mais discutida sugere que os clubes possam comprometer entre 70% e 80% de suas receitas com despesas operacionais e contratações, seguindo modelos utilizados em outras ligas ao redor do mundo. Entretanto, não há previsão de fixação de valores máximos para investimentos, mesmo em clubes que funcionam sob modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
“Esperamos que a médio e a longo prazo a gente consiga encontrar o melhor modelo para o futebol brasileiro”, concluiu Xaud, ao reforçar que a iniciativa será construída coletivamente e adaptada à realidade nacional. A expectativa da CBF é que as novas regras incentivem equilíbrio, compromisso financeiro e maior transparência na administração dos clubes.
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