Jorginho, do Flamengo, é sincero sobre a arbitragem brasileira

Após quase duas décadas na Europa, Jorginho vive a readaptação ao Brasil no Flamengo. Em entrevista exclusiva ao UOL, ele falou sobre arbitragem e gramados.

O volante ítalo-brasileiro recebeu a reportagem no Ninho do Urubu. O bate-papo durou cerca de 40 minutos. Ele também tratou de bastidores da adaptação e dos fatores que pesaram na volta ao país.

Na conversa, Jorginho relatou espanto com a atuação da arbitragem brasileira. Ele disse que ainda tenta entender decisões que, segundo ele, afetam o trabalho de todos.

“Cara, é algo que estou tentando entender. É difícil até dar um parecer, porque acontecem muitas coisas que você fica meio que sem acreditar. Muitas coisas muito claras. Tem umas decisões que são bem difíceis de entender mesmo e acaba prejudicando e afetando o trabalho de todo mundo. Você se dedica tanto e acaba acontecendo o que vem acontecendo”.

Ao ser questionado sobre soluções para melhorar a arbitragem, o volante afirmou não ter a resposta. Ele fez um apelo por avanços no setor.

“O que fazer? Boa pergunta. Não tenho uma resposta. Melhorar, precisa ser melhorado. Precisa encontrar uma maneira de melhorar isso”.

Ele também criticou a qualidade dos campos no país e pediu padronização mínima. A Arena Fonte Nova, em Salvador, foi citada por Jorginho como exemplo de situação crítica.

“Joguei contra o Atlético-MG. É complicado, mas se é para jogar num estádio onde não tem um ‘gramado’, acaba sendo melhor jogar num sintético. Obviamente que não é o ideal, porque acaba tendo mais lesões. Acredito que seja bem pior do que um campo normal, porém há campos e campos, entendeu?”.