Zico acena para os torcedores do Flamengo, durante partida no Maracanã (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
Os destaques de hoje passam por uma derrota do Flamengo na Justiça no caso Paolo Guerrero, pelos bastidores de um capítulo marcante na juventude de Zico — quando quase largou o futebol — e pela arrancada do Palmeiras no Brasileirão, que agora lidera com folga nas projeções matemáticas. A seguir, você confere os pontos essenciais de cada tema, de forma direta e atualizada.
O Flamengo sofreu nova derrota no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na ação movida contra Paolo Guerrero, em que buscava o ressarcimento de R$ 1,68 milhão relativo a 121 dias de suspensão por doping em 2017. O clube argumentou que desembolsou R$ 16 milhões pela cessão de direitos de imagem e pleiteou a devolução proporcional do período em que não poderia explorar a imagem do atleta em campo e treinamentos.
A 9ª Vara Cível da Capital já havia rejeitado o pedido em primeira instância, decisão mantida pela 1ª Câmara de Direito Privado, que negou, por unanimidade, novo recurso do clube. O entendimento é de que não havia direito ao ressarcimento. A disputa começou em 2018; o Flamengo perdeu em junho de 2023 e voltou a perder na segunda instância em março de 2025, reforçando a linha adotada pelas decisões anteriores.
“O presente recurso tenta inverter a lógica ao argumento de que a impossibilidade de explorar a imagem do jogador em campo e nos treinamentos se traduz em inadimplemento integral do contrato de imagem, fato que não merece prosperar, ante a existência de diversos outros meios de sua execução, como amplamente debatido.”
O caso ocorreu no rastro da punição de 14 meses imposta pela FIFA, que suspendeu o contrato do atleta e o tirou da Copa do Mundo de 2018. A relação entre jogador, torcida e diretoria ficou abalada. Hoje, Guerrero defende o Alianza Lima e a seleção peruana; pelo Flamengo, foram 112 jogos, 42 gols e 13 assistências.
Profissionalizado pelo Flamengo em 1971, Zico viveu um início de carreira de expectativa elevada após ser artilheiro e campeão do Torneio Pré-Olímpico Sul-Americano. A esperança de disputar as Olimpíadas de Munique-72, porém, virou frustração com a não convocação feita por Vicente Feola — episódio que, segundo o próprio ex-meia, quase o tirou do futebol antes mesmo do auge.
“Cheguei em casa e falei para o meu pai que não queria mais jogar futebol, queria estudar”. Mesmo com o baque, o camisa 10 transformou a decepção em combustível para se consolidar como ídolo rubro-negro e disputar três Copas do Mundo (1978, 1982 e 1986).
Em 1972, a turbulência aumentou quando o técnico do time principal do Flamengo informou que não contaria com o jovem, que ficou um período sem treinar e sem atuar até ser reintegrado em fevereiro por Antoninho, então treinador da base. A ausência na lista olímpica manteve a sensação de rejeição. Influências familiares pesaram: o caso do irmão que parou de jogar aos 26 anos por não confiar em um treinador, e a mágoa do pai ao ver o filho cogitar desistir, foram pontos decisivos para a reflexão. “Foi a única vez que pensei em parar de jogar”.
Após a 32ª rodada, o Palmeiras venceu o Santos por 2 a 0 no Allianz Parque e chegou a 68 pontos, abrindo três de vantagem sobre o Flamengo, que empatou por 2 a 2 com o São Paulo e segue em segundo lugar. A combinação de resultados recolocou o time de Abel Ferreira no controle pleno da disputa.
As projeções da UFMG elevaram o favoritismo palmeirense a 74,8%, a maior marca até aqui, após saltar de 56,4%. O Flamengo caiu para 21,7%, após ter 41% anteriormente. Impulsionado pela vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, o Cruzeiro subiu para 3,4% e aparece com 63 pontos.
A tabela ainda reserva jogos atrasados para os líderes. O Palmeiras tem a partida da 13ª rodada contra o Santos marcada para quarta-feira, 15 de novembro, às 21h, na Vila Belmiro. No mesmo dia, o Flamengo visita o Sport às 18h30, na Ilha do Retiro.
No domingo (9 de novembro), o Verdão enfrenta o Mirassol fora de casa às 20h30; o Cruzeiro pega o Fluminense às 16h; e o Flamengo recebe o Santos no Maracanã às 18h30, todos pela 33ª rodada. Segundo a UFMG, além dos três primeiros, apenas o Mirassol mantém chance matemática mínima de título: 0,009%. As demais equipes já não alcançam mais a taça.
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