Na raça! Para participar do clássico, revelação do Flamengo precisou tomar injeção antes do jogo e anti-inflamatório no intervalo

Thuler durante treinamento no Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

A filosofia de jogo conhecida por todo rubro-negro e passada aos jogadores que vestem a camisa do Flamengo é a do “jogar na raça” e se doar durante os 90 minutos, independentemente das condições adversas. Matheus Thuler, formado nas categorias de base do Fla, demonstrou tudo isso na noite do último sábado (09). Em duelo contra o Vasco, pela terceira rodada da Taça Rio, o jovem precisou atuar no sacrifício em sua primeira grande oportunidade na equipe de Abel Braga.

O jogador voltou a sentir um incômodo no tornozelo, que já havia o perseguido desde o retorno ao clube da Gávea, após convocação pela Seleção sub-20, mas preferiu encarar o clássico. Antes de a bola rolar, Thuler tomou uma injeção e, durante intervalo, precisou de mais dois anti-inflamatórios, com o objetivo de amenizar as fortes dores que o incomodavam.

Após o retorno da Seleção, o atleta passou por exames, que constataram uma inflamação na região do tornozelo direito. Atuando no sacrifício, o camisa 26 da Gávea foi infeliz no lance que originou o empate da equipe de São Januário. Na situação, Marrony caiu dentro da área após leve toque do defensor rubro-negro, quando o ponteiro já apontava para os 50 minutos da etapa complementar. O centroavante Maxi López não desperdiçou a cobrança e deixou tudo igual no Maracanã.

ZAGUEIRO RECEBEU APOIO DO TÉCNICO ABEL BRAGA:

Apesar de ter participado negativamente do lance de empate do Vasco, Thuler recebeu o apoio de Abel Braga ao fim da partida. Em entrevista coletiva, o técnico rubro-negro isentou o zagueiro de qualquer tipo de culpa e ficou na bronca com a arbitragem, uma vez que não enxergou a penalidade sobre o jogador do Vasco. Também relembrou que o jovem já se queixava das dores antes mesmo do clássico.

– Não vou trabalhar a cabeça dele porque para mim não foi pênalti. Fiquei analisando o lance do Bruno Henrique na linha de fundo, a dois metros do bandeira. Ele não deu falta porque está sempre mal colocado. Repare que se o Thuler toca, o jogador já está caindo. Pelo amor de Deus. O que teve de falta ao lado da área, em frente da área, foi uma grandeza. Mas isso estou achando engraçado. Quem tem que tomar providência é a direção do clube. O Thuler pode estar tranquilo, fez uma partidaça. Vem destreinado, jogou o último jogo do Sul-Americano, começou a treinar sentiu o pé, demos uma semana de folga para ele e o Lincoln -, disse o técnico durante entrevista coletiva.

NÚMEROS DE THULER NA TEMPORADA:

Matheus Thuler ainda não tinha atuado pelo Flamengo no ano de 2019. Contra o Vasco, o jogador ganhou oportunidade após Abel Braga optar pela utilização do time alternativo, como forma de poupar os titulares para o compromisso pela Libertadores, na próxima quarta (13), diante da LDU, do Equador. Na atual temporada, o zagueiro contabiliza apenas dois jogos no Sul-Americano, disputados com a seleção brasileira sub-20.

Quando retornou ao Flamengo após a convocação pela Seleção, Thuler se queixou de dores do tornozelo e realizou apenas algumas atividades específicas, ficando de fora das relações das partidas escolhidas por Abel. Na temporada passada, o jogador entrou em campo em 12 oportunidades e marcou um gol de cabeça, no empate com o Palmeiras, pela 12ª rodada do Brasileirão de 2018.

Retirado de: Coluna do Flamengo