Vice-presidente de Futebol do Flamengo, Marcos Braz se mostrou favorável ao retorno de público aos estádios. O dirigente rubro-negro, que também é vereador no Rio de Janeiro pelo Partido Liberal (PL), questionou sobre a possibilidade de uma retomada com as pessoas vacinadas e uma área do estádio destinada às que ainda não receberam o imunizante.
Braz lembrou ainda a final da Copa Libertadores, entre Palmeiras e Santos, que aconteceu em janeiro, no Maracanã, e contou com cinco mil convidados.
“Sou a favor do retorno de todas as pessoas que já foram vacinadas. Depois que completar o ciclo da vacina, sou a favor de todas poderem voltar ao estádio. Até porque acho que temos de ter coerência. A gente teve aqui [Rio de Janeiro], em janeiro, a final da Libertadores. Tinha mais de cinco mil pessoas dentro do estádio. E, naquela época, em janeiro, [a pandemia] tinha viés de alta. Agora, está mais normalizado. Acho que se já teve cinco mil pessoas, se teve protocolo, por que não começar agora com quem já está vacinado em uma parte do estádio? E em outra parte, tendo todos os cuidados possíveis, mais cinco mil? Acho que dá para colocar 10 mil facilmente. Sou vereador aqui no Rio, falo isso com a responsabilidade não só como vice-presidente de Futebol do Flamengo. Sou a favor desta retomada”, disse, em entrevista à ESPN Brasil.
Recentemente, o Flamengo esteve envolvido em uma polêmica que envolveu a presença de público em estádio. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) apontou esta possibilidade em documento publicado antes das finais do Campeonato Carioca. O clube da Gávea se mostrou favorável, enquanto o Fluminense foi contrário. Botafogo e Vasco, participantes da decisão da Taça Rio, estiveram na conversa e fizeram coro negativo.
No primeiro jogo da final do Estadual, porém, a Ferj liberou 300 convites, sendo que 148 foram utilizados. O lado do Fla ficou visivelmente cheio, enquanto o Flu teve apenas oito integrantes, sendo seis da diretoria — o clube das Laranjeiras alega que tais pessoas foram chamadas diretamente pela Ferj, sem o convite da cúpula. No decorrer da partida, houve desrespeito às regras em meio à pandemia, como distanciamento social e o uso de máscaras.
A Secretaria Municipal de Saúde, então, multou a administração do Maracanã, sob a alegação que houve infração sanitária “gravíssima”.
A Ferj pediu à prefeitura autorização para que o segundo jogo tivesse 160 convidados, mas a resposta foi negativa. Neste cenário, Fla e Ferj cogitaram levar a decisão do Carioca para Brasília, mas encontraram obstáculos — como a recusa do Fluminense — e o duelo aconteceu no Maracanã.
Retirado de: UOL
