A Petrobras lançou em 2022 uma plataforma que detalha a formação do preço da gasolina até chegar ao consumidor final, aumentando a transparência no mercado de combustíveis. De acordo com as informações disponíveis, o preço por litro da gasolina é dividido em várias categorias: Distribuição e Revenda com R$ 0,96, Custo do Etanol Anidro em R$ 0,71, Imposto Estadual liderando com R$ 1,37, Impostos Federais contribuindo com R$ 0,69, e a Parcela Petrobras totalizando R$ 2,05. Esta última representa uma parte significativa do custo final, destacando a influência direta da Petrobras na cadeia de preços.
Além disso, os preços da gasolina variam consideravelmente no Brasil devido a diversos fatores, desde a volatilidade do mercado global de petróleo até as diferenças nos impostos estaduais e as margens de distribuição. Atualmente, segundo levantamento da ANP, o preço médio do litro da gasolina comum é de R$ 5,78. No entanto, esse valor médio esconde as discrepâncias significativas entre os estados, com alguns apresentando preços muito acima ou abaixo dessa média.
No período de 7 a 13 de abril de 2024, o Maranhão teve o menor preço do litro da gasolina, custando R$ 5,54, R$ 0,24 mais barato que a média nacional. Por outro lado, o Amapá e a Paraíba registraram preços de R$ 5,61 e R$ 5,63, respectivamente, mostrando pequenas variações entre os estados com os preços mais acessíveis. Essas diferenças refletem uma combinação de políticas econômicas locais, impostos estaduais relativamente menores e, ocasionalmente, políticas de subsídios.
A ANP realiza um meticuloso levantamento dos preços da gasolina, investigando os custos em centenas de postos de abastecimento por estado. No Maranhão, por exemplo, mais de 100 pontos foram analisados, enquanto que em São Paulo, o número chega a 1.238. Esse esforço para coletar dados ajuda a fornecer uma visão precisa e atualizada da situação dos preços dos combustíveis em todo o país, sendo uma ferramenta valiosa para os consumidores.
Confira o preço da gasolina por estado
- Maranhão (MA) – R$ 5,54
- Amapá (AP) – R$ 5,61
- Paraíba (PB) – R$ 5,63
- Rio Grande do Sul (RS) – R$ 5,63
- São Paulo (SP) – R$ 5,63
- Mato Grosso do Sul (MS) – R$ 5,64
- Piauí (PI) – R$ 5,64
- Minas Gerais (MG) – R$ 5,69
- Ceará (CE) – R$ 5,73
- Rio de Janeiro (RJ) – R$ 5,74
A evolução da Petrobras e o mercado de gasolina no Brasil
A Petrobras, fundada em 1953, tem sido a principal empresa estatal brasileira responsável pela exploração, produção e distribuição de petróleo e derivados no Brasil. A criação da Petrobras foi resultado de um movimento nacionalista que clamava pelo controle estatal sobre os recursos naturais, especialmente o petróleo, sob o lema “O petróleo é nosso”.
Desde então, a empresa cresceu e se transformou em uma das maiores companhias de energia do mundo, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento econômico do Brasil. A descoberta do pré-sal, uma vasta camada de reservatórios de petróleo localizada em águas profundas da costa brasileira, na década de 2000, representou um marco significativo para a Petrobras, elevando sua capacidade de produção e reservas de petróleo de forma substancial.
Paralelamente à trajetória da Petrobras, a história da gasolina no Brasil reflete as flutuações econômicas e políticas do país. A gasolina, como um dos principais derivados do petróleo, tem sido central na economia brasileira, influenciando diretamente os custos de transporte e a inflação.
As políticas de preço da Petrobras para a gasolina têm oscilado ao longo das décadas, refletindo tanto as estratégias governamentais quanto as condições de mercado globais. Por vezes, os preços foram mantidos artificialmente baixos por decisões governamentais, o que causou impactos financeiros significativos para a empresa.
Em outros momentos, a adoção de uma política de preços mais alinhada ao mercado internacional tentou equilibrar as contas da companhia, mas frequentemente enfrentou resistência pública devido ao aumento dos custos para o consumidor final. Essa dinâmica entre política e economia continua a definir o cenário energético no Brasil, com a Petrobras no centro das atenções como um ator chave no mercado de combustíveis.
