Renato Paiva em ação pelo Botafogo em 2025 (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
A fase do Botafogo no Campeonato Brasileiro tem gerado forte repercussão negativa, tanto entre torcedores quanto entre analistas esportivos. Uma das vozes mais influentes a ecoar esse descontentamento foi a de Pedro Certezas — botafoguense declarado e presença constante no debate esportivo nacional.
“O time só piora conforme o tempo passa, não tem uma evolução de jogo”, escreveu Certezas em seu perfil no X. Para ele, a produção ofensiva do Botafogo se resume a “cruzamentos incessantes pra área”, enquanto o sistema defensivo, que antes era sólido, agora é “uma bagunça com os mesmos jogadores”.
Ainda que reconheça que o elenco atual é inferior ao do ano anterior, o jornalista afirma que isso não justifica o desempenho apresentado: “O time não é ruim e não é pra estar jogando desse jeito e nem ter esses resultados”. Em sua avaliação, “nada justifica até agora a permanência de Renato Paiva”.
Aliás, a análise do desempenho alvinegro na derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG, no domingo (20 de abril), corrobora a visão do jornalista. A partida, disputada no Mineirão, evidenciou novamente os problemas recorrentes da equipe: previsibilidade nas trocas, pouca efetividade ofensiva e desorganização defensiva.
O Botafogo até começou a partida com mais posse de bola e tentando propor o jogo. A formação inicial trouxe Jair e David Ricardo na zaga, devido à ausência de Barboza, que sentiu dores musculares. No ataque, Igor Jesus recuava constantemente para ajudar na armação, criando algumas chances esporádicas. Gregore, por exemplo, teve uma boa finalização logo no início, e Artur obrigou Everson a trabalhar, mas essas jogadas foram exceções.
Contudo, conforme o jogo avançava, o Botafogo se mostrou incapaz de transformar a posse em agressividade real. “Conseguimos sair da pressão individual que nos exerceram e chegar ao último terço. Novamente, no último terço, não conseguimos definir a maior parte das jogadas”, admitiu Paiva após o apito final.
O cenário piorou logo aos dois minutos do segundo tempo. Cuello marcou de cabeça após cobrança de escanteio, aproveitando falha de Gregore na marcação e de John, que se atrasou na tentativa de defender. O gol escancarou ainda mais a instabilidade defensiva que, segundo Certezas, antes era ponto forte do time.
Pouco depois, aos 15 minutos, David Ricardo foi expulso por falta em Hulk, deixando a equipe com um jogador a menos. As alterações promovidas por Paiva — como as entradas de Alex Telles, Mateo Ponte e Danilo Barbosa — não surtiram o efeito desejado. A equipe seguiu sem organização ofensiva, com Patrick de Paula novamente sendo testado como ligação entre meio e ataque, mas sem conseguir conectar os setores.
Enquanto isso, o Atlético-MG se reorganizou e criou novas oportunidades. John impediu um placar mais elástico, mas ofensivamente o Botafogo não apresentou qualquer reação consistente. As substituições de Paiva foram classificadas como “previsíveis” e insuficientes para alterar o rumo da partida.
A crise já se reflete no discurso dos atletas. “O momento não é bom, sabemos disso. Não é momento de desunir”, declarou Alex Telles após a partida. Renato Paiva também reconheceu a fase negativa: “Efetivamente, concordo, os resultados não estão aparecendo. Portanto, a fase não é boa”.
Por ora, o treinador segue no comando, mas sob crescente pressão. Afinal, o Botafogo soma apenas cinco pontos em quinze disputados, ocupa a 14ª colocação na tabela e já acumula três partidas sem vitória. A expectativa era de que a equipe engrenasse de vez após o vice-campeonato da Libertadores, mas o que se vê é um time apático, sem padrão de jogo e com decisões técnicas cada vez mais questionadas.
A sequência de jogos será crucial. O time volta a campo na quarta-feira (23), contra o Estudiantes, na Argentina, pela fase de grupos da Libertadores. No sábado (26), enfrenta o Fluminense pelo Brasileirão. A pressão da torcida tende a crescer caso os resultados não apareçam, e o trabalho de Renato Paiva parece cada vez mais sob risco iminente.
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