Oficializado como novo comandante do Vasco, Fernando Diniz foi apresentado na manhã desta quinta-feira (15), no CT Moacyr Barbosa, no Rio de Janeiro. A entrevista coletiva, que durou cerca de uma hora, destacou pontos sensíveis do atual momento do clube e revelou o pensamento do técnico em relação a jogadores do elenco, estrutura do time e futuras contratações.
Entre os principais temas abordados, o nome de Philippe Coutinho foi tratado com especial carinho por Diniz. Mesmo aos 32 anos e atravessando uma fase de críticas por parte da torcida, o meio-campista foi exaltado pelo treinador. “Acho que ele é indispensável. Para mim, é uma alegria e uma honra trabalhar com um jogador do quilate dele”, declarou. Conforme pontuou, Coutinho, ao lado de Dimitri Payet, representa a principal referência técnica do time cruzmaltino.
Aliás, o treinador foi além ao mencionar a trajetória do camisa 11. “Da geração do Neymar, ele é um dos mais talentosos que produzimos. A carreira dele poderia ter sido ainda mais brilhante, pelo que representa tecnicamente”, analisou. Diniz também fez elogios à postura pessoal do jogador, descrevendo-o como alguém “desprovido de vaidade”, o que, segundo ele, “é raro de se ver”.
Em relação ao revés por 1 a 0 diante do Lanús, na última terça-feira, pela Copa Sul-Americana — sua partida de estreia no comando vascaíno —, o técnico preferiu destacar o desempenho da equipe no primeiro tempo. Segundo sua análise, foi “um dos melhores começos de trabalho” que já vivenciou em sua carreira, mesmo com o resultado negativo. “A atuação foi coerente. Jogar lá nunca é simples, mas os jogadores mostraram disposição para assimilar as ideias”, explicou.
Outro tópico importante foi a relação com Tchê Tchê. Ambos viveram um episódio de tensão quando trabalharam juntos no São Paulo, mas Diniz afirmou que o assunto está superado. “Ele mesmo se colocou como titular. Foi uma das melhores atuações dele aqui. Já falei que trato os atletas como trato meus filhos: com rigor, mas também com carinho”, pontuou.
Questionado sobre reforços, o treinador adotou tom cauteloso. “Não indiquei absolutamente ninguém. O elenco é bom e pode render mais. Vamos conversar de forma mais específica a partir de agora. Não gosto de contratar em excesso. É necessário ser criterioso, principalmente considerando o orçamento atual do clube”, comentou. A afirmação reforça que, por ora, a reformulação será pontual e baseada na análise técnica do elenco já disponível.
Durante a apresentação, Diniz também se emocionou ao lembrar de sua passagem anterior por São Januário, ainda na Série B. Conforme relatou, a atmosfera do estádio e o envolvimento da torcida com a equipe foram decisivos para seu retorno. “Voltar era um desejo genuíno. Tenho muito carinho pelo clube e pelas pessoas daqui”, destacou.
Por fim, o técnico falou sobre outros nomes experientes do elenco, como Alex Teixeira e Souza. Enquanto o primeiro, segundo ele, ainda pode entregar alto nível de rendimento, o segundo ainda será mais observado antes de uma avaliação conclusiva. “O histórico de ambos fala por si. Tenho que ver, na prática, quem pode ajudar mais”, completou.
Assim sendo, o treinador inicia um novo ciclo em São Januário com expectativas moderadas, mas com discurso firme e claro sobre planejamento, confiança nos atletas e respeito à trajetória de cada um dentro do grupo.
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