Camisa do Vasco 2024 (Foto: Reprodução/Instagram)
A Federação Internacional de Futebol (Fifa) suspendeu, na terça-feira (27), o impedimento imposto ao Vasco da Gama para registrar jogadores. A punição, aplicada por conta de uma dívida com o Nantes, da França, foi revertida após o reconhecimento do processo de recuperação judicial movido pelo clube carioca desde fevereiro de 2025.
A sanção havia sido determinada por inadimplência na negociação do atacante Adson, contratato em janeiro de 2024 por 5 milhões de euros. A quantia reconhecida no plano judicial corresponde a 3.894.736,84 euros, cerca de R$ 24,7 milhões na cotação atual.
Desde então, a agremiação estava proibida de inscrever atletas por até três janelas de transferências consecutivas.
O clube passou a adotar um instrumento inédito no Brasil: a inclusão formal de todas as pendências financeiras sob disputa na Fifa dentro do processo de recuperação judicial em andamento. Essa medida foi fundamentada no artigo 59 do código disciplinar da entidade internacional, que determina o encerramento de procedimentos disciplinares quando uma das partes está em situação de insolvência reconhecida.
Segundo Alan Belaciano, advogado e presidente da Assembleia Geral vascaína, essa foi uma estratégia deliberada para proteger o clube de futuras restrições. “Há essa previsão expressa no código disciplinar que permite aos clubes em recuperação judicial incluir as dívidas da Fifa”, explicou.
Ele ainda afirmou: “Com isso, o Vasco está seguro quanto a execuções e sanções como bloqueios e/ou impedimento na compra ou venda de atletas nas janelas”.
Atualmente, o clube tem mais de R$ 600 milhões em débitos abrangidos pelo processo de recuperação, dos quais pelo menos R$ 180 milhões envolvem clubes de futebol. Entre os credores, estão entidades internacionais e nacionais que acionaram o Vasco junto à Fifa e à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), da CBF.
Há ainda casos como o do técnico Ramón Díaz e de seu filho Emiliano Díaz, que obtiveram sentença favorável no tribunal da Fifa no valor de R$ 30 milhões. A direção vascaína alega, contudo, que ambos pediram demissão durante um confronto contra o Criciúma, o que embasa recurso protocolado no CAS (Corte Arbitral do Esporte), na tentativa de reverter a decisão e, eventualmente, renegociar o valor para inclusão no plano judicial.
Conforme o modelo de recuperação aprovado pela Justiça do Rio de Janeiro, o clube só está autorizado a realizar pagamentos estipulados no plano homologado. Isso exclui acordos diretos com credores fora desse escopo, com exceção dos chamados “credores colaboradores” – categoria que abrange atletas do elenco atual, incluindo bonificações e luvas.
Aliás, a reversão da punição já permite que o Vasco atue normalmente nas próximas janelas de transferências. Ainda assim, o clube não detalhou como ou quando quitará os valores devidos ao Nantes.
Segundo nota oficial, a liberação da Fifa está “fundamentada no fato do clube estar em processamento regular de recuperação judicial”.
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