Nesta quarta-feira (19), o Corinthians estreia na Libertadores contra a Universidad Central, em jogo válido pela segunda fase preliminar da competição. Para José Martínez, no entanto, o confronto terá um significado ainda mais especial.
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Aos 30 anos, o meia venezuelano retorna ao seu país-natal para disputar sua primeira partida no principal torneio de clubes da América do Sul, após uma trajetória marcada por desafios e superações.
Um passado difícil e motivador
José Martínez não tem vergonha de falar sobre as dificuldades que enfrentou ao longo de sua carreira. O jogador revelou que, em seus primeiros anos como atleta, chegou a morar em uma oficina mecânica enquanto jogava em Mérida.
“Às vezes o jogador de futebol tem que passar por coisas ruins para poder conseguir o que realmente quer. Cheguei a morar em uma oficina mecânica. Foi um momento que eu não desejo a ninguém, mas foram momentos que me deixaram mais forte para poder lutar pelo que queria”, contou o venezuelano, destacando o aprendizado que essas adversidades lhe proporcionaram.
Além disso, José revelou que, em determinado momento de sua juventude, tomou uma decisão difícil: largar os estudos para focar no futebol. Isso porque ele precisou trabalhar para ajudar sua mãe, o que o levou a exercer atividades em um hotel local, como limpeza e manutenção.
“Eu deixei de estudar e disse para minha mãe que estudo não era para mim. Foi uma grande surpresa para ela, mas entendeu e me apoiou”, explicou.
A superação de Martínez continuou a ser testada quando jogava pelo Zulia, na CONMEBOL Sul-Americana de 2019. O time enfrentou um dos momentos mais difíceis de sua história, com o país enfrentando uma grande crise de energia elétrica.
Mesmo com essa dificuldade, Martínez destacou a união do grupo como fator crucial para o sucesso da equipe, que chegou até as quartas de final do torneio. “Fomos um grupo muito forte mentalmente. Apesar do que estávamos passando, sabíamos do que queríamos”, afirmou.