A contratação de Cléber Xavier pelo Santos, oficializada nesta terça-feira (29), ganhou destaque na análise de Paulo Vinícius Coelho, o PVC, em sua coluna no UOL Esporte. Para o jornalista, o clube aposta na repetição de trajetórias vitoriosas de técnicos que também iniciaram suas carreiras como auxiliares antes de se consolidarem entre os maiores do futebol mundial.
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Conforme destacou PVC, a história de José Mourinho serve como um dos exemplos mais emblemáticos para compreender a escolha santista. “Eu era o intérprete, porque era o único a falar inglês, pá!”, recordou Mourinho em tom de ironia ao relembrar seu início ao lado de Bobby Robson. Mesmo começando como tradutor e assistente, o português conquistaria mais tarde a Champions League pelo Porto e pela Internazionale, solidificando seu nome no cenário europeu.
PVC igualmente mencionou Hansi Flick, que, antes de conduzir o Bayern de Munique a um título da Champions League, foi auxiliar de Joachim Low na seleção alemã campeã mundial em 2014. Da mesma forma, Mikel Arteta, agora à frente do Arsenal, também iniciou sua trajetória como braço direito de Pep Guardiola no Manchester City. “Os Gunners não chegavam às semifinais da Champions desde 2009. Estão lá”, pontuou o colunista.
A aposta do Santos, segundo PVC, se assemelha ainda ao caminho percorrido por Carlo Ancelotti, hoje o técnico mais vencedor da história da Champions League. Anteriormente, Ancelotti foi auxiliar de Arrigo Sacchi na seleção italiana vice-campeã mundial em 1994, antes de trilhar sua brilhante carreira como treinador.
Insucessos
Entretanto, PVC não deixou de ressaltar que nem todos os casos semelhantes resultaram em sucesso. Lembrou de Flávio Murtosa, no Palmeiras em 2002, e de Domenec Torrent, que fracassou no comando do Flamengo em 2020. Apesar disso, ponderou que, ao observar os casos de Mourinho, Flick, Arteta e Ancelotti, é inegável que um ex-auxiliar pode transformar-se em treinador vitorioso:
“Flick, Arteta, Mourinho e Ancelotti avalizam que um grande assistente pode se tornar um treinador supervencedor”, escreveu.
Sobre Cléber Xavier, PVC desejou sucesso e encerrou a análise com otimismo, ainda que sem ocultar a natural imprevisibilidade que ronda o futebol. Em sua avaliação, a iniciativa do Santos é arriscada, mas inspirada em modelos que deram certo no passado recente.
Enquanto isso, o Santos oficializou a chegada de Cléber Xavier e da comissão técnica que o acompanha, composta por Matheus Bachi, Vinicius Marques Oliveira e Fábio Mahseredjian. O contrato firmado vai até dezembro de 2025, reforçando o planejamento do clube para o restante da temporada.