A mudança drástica no uniforme alternativo da Seleção Brasileira para Copa do Mundo 2026 causou aversão em Galvão Bueno. A informação, inicialmente divulgada pelo portal especializado Footy Headlines, sugere que o tradicional segundo uniforme azul pode ser substituído por uma versão na cor vermelha, rotulada como “moderna e vibrante”.
Notícias mais lidas:
Durante o programa que apresenta na Band, Galvão classificou a mudança como um desrespeito histórico. “Camisa vermelha? Isso seria um crime! Uma ofensa sem tamanho ao futebol brasileiro”, declarou de maneira veemente. Ele reforçou o posicionamento nas redes sociais, onde voltou a expressar indignação com a ideia, questionando diretamente a conexão da cor com os símbolos nacionais.
A revolta do veterano da narração esportiva não se baseia apenas em um sentimento nostálgico. Galvão destacou o histórico da camisa azul, usada pela primeira vez em Copas em 1938 e protagonista na final de 1958, contra a Suécia.
“Foram 12 jogos em Copas, oito vitórias, um empate e três derrotas. Eu transmiti 52 partidas da seleção em 13 Copas. Acho que tenho algum direito de falar isso”, afirmou.
A indignação também encontrou eco entre outros comentaristas. Casagrande considerou a proposta “um horror”, e defendeu a manutenção das cores da bandeira brasileira nos uniformes oficiais. “Não tem que fugir das cores da nossa bandeira, o mundo nos reconhece por elas”, argumentou.
Ricardo Rocha foi além ao lembrar que a primeira camisa alternativa em Copas é a azul, e que “usar outra cor em um Mundial é uma falta de respeito”.
Mudança com respaldo
Apesar das críticas, o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol não veta completamente a adoção de outras cores. O inciso 3 do artigo 13 do regulamento da entidade permite a criação de modelos comemorativos em tonalidades diferentes, desde que aprovados pela diretoria.
Ainda assim, para Galvão, a eventual substituição da camisa azul em uma competição do porte da Copa extrapola os limites do bom senso. “É uma falta de respeito com vocês [ex-jogadores]”, declarou no programa.
A nova camisa, caso confirmada, traria outra alteração além da cor. O uniforme alternativo seria fabricado sob a marca Jordan, substituindo o tradicional logotipo da Nike presente na versão principal. A peça seria utilizada como segundo uniforme na competição internacional de 2026.
Enquanto a repercussão se intensifica, a CBF ainda não oficializou a mudança. A aprovação final do modelo está prevista para ocorrer somente no meio do ano. Até lá, as manifestações de figuras históricas do futebol nacional prometem manter acesa a discussão em torno da identidade visual da seleção.