O Conselho Deliberativo do Internacional aprovou, na noite de segunda-feira (28), o balanço financeiro referente ao ano de 2024. A reunião, realizada no Salão Nobre do Beira-Rio, contou com a participação de 236 conselheiros, o que representa aproximadamente dois terços do total. Ao fim da votação, 131 votos foram favoráveis sem ressalvas, enquanto 52 conselheiros aprovaram com ressalvas, 14 rejeitaram e 34 se abstiveram.
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O documento aprovado registrou um déficit de R$ 34,4 milhões, sendo esse o primeiro resultado negativo da gestão de Alessandro Barcellos, que vinha de três anos consecutivos com superávit. Conforme apresentado por Aldoir Pinzkoski Filho, executivo de finanças do clube, o impacto financeiro foi profundamente afetado por fatores externos, notadamente a enchente que assolou o Rio Grande do Sul em maio de 2024.
Segundo o dirigente, o prejuízo provocado pela tragédia climática chegou a R$ 86,2 milhões. Desse total, R$ 18,9 milhões foram recuperados por meio de repasses da CBF, seguros relacionados ao estádio Beira-Rio e iniciativas para conter a inadimplência entre os sócios. “Foi um ano extremamente desafiador para o clube, principalmente pelas consequências da enchente”, explicou Pinzkoski.
Apesar do cenário adverso, houve pontos positivos no desempenho financeiro. A valorização dos jogadores do elenco principal e o aumento das receitas com bilheteria e programas de sócios contribuíram para amenizar os danos. Aliás, as receitas superaram as de 2023, conforme destacou a apresentação ao Conselho.
Contudo, o crescimento das despesas com futebol acabou agravando o déficit. As contas revelaram um aumento de 39% nos gastos em relação ao ano anterior. Mesmo com recorde na venda de atletas, os valores arrecadados não foram suficientes para cobrir todos os custos operacionais do clube.
A aprovação das contas, mesmo com resultado deficitário, reflete a compreensão do impacto da catástrofe natural e das decisões estratégicas que foram tomadas ao longo do ano. O Inter agora volta sua atenção para o equilíbrio financeiro em 2025, com foco na redução de gastos e incremento das receitas esportivas e institucionais.