Luiz Felipe Scolari está de volta ao Grêmio, mas em um papel diferente do que os torcedores estão acostumados a vê-lo. Ídolo do clube, Felipão agora ocupa a função de coordenador técnico, cargo que envolve atuação nos bastidores e apoio institucional à comissão técnica liderada por Mano Menezes.
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Embora seu contrato não contenha uma cláusula que o impeça de retornar ao comando técnico, a direção gremista não considera essa formalização necessária. Conforme revelado durante sua apresentação, o próprio Felipão garantiu que não pretende mais assumir o banco de reservas. “Não quero voltar a ser técnico. Vou tomar essa parte administrativa e tenho que aprender também. Vou fazer minha parte”, declarou.

Felipão reforçou ainda que sua atuação será limitada às funções administrativas, interferindo no campo apenas quando solicitado. “A parte do campo é do Mano e ele sabe o que precisa fazer”, afirmou, sinalizando respeito e confiança no trabalho do atual treinador da equipe.
A atuação de Scolari como coordenador técnico se dará em múltiplas frentes. Uma das atribuições será servir de ponte entre o departamento de futebol e a imprensa. A ideia é que sua figura ajude a proteger tanto o elenco quanto a direção em momentos de maior pressão externa, postura comum em grandes clubes durante fases mais turbulentas.
Além disso, Felipão terá papel ativo nas categorias de base do Grêmio. Com sua experiência acumulada ao longo dos anos, ele deverá colaborar para facilitar a transição de jovens atletas ao grupo principal. Essa função, aliás, pode se mostrar estratégica dentro do planejamento gremista, que há tempos busca valorizar seus talentos formados internamente.
Outra responsabilidade atribuída ao ex-treinador será o apoio no processo de avaliação e sugestão de reforços. Seu nome, que carrega prestígio nacional e internacional, tende a abrir portas e garantir respaldo técnico às escolhas feitas em conjunto com a comissão de Mano Menezes.