O Corinthians vive um momento conturbado nos bastidores, principalmente no setor administrativo. Na tarde de terça-feira (29), o clube decidiu demitir dois nomes importantes de sua estrutura: Vinicius Manfredi, que ocupava o cargo de superintendente de marketing, e Sandor Romanelli, superintendente comercial. A decisão partiu de Edgard Soares, novo diretor de marketing do clube, empossado no início do mês.
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A medida, entretanto, gerou desconforto interno. Funcionários dos departamentos atingidos reagiram com indignação, considerando a atitude como política, e não fundamentada em critérios técnicos. “A decisão foi mal recebida internamente, porque ambos tinham desempenho reconhecido”, disse uma fonte ligada ao clube. A reação negativa indica tensão entre a nova diretoria e os profissionais que já integravam o quadro administrativo.
Antes da chegada de Edgard Soares, Manfredi e Romanelli lideravam seus setores sem a supervisão de um diretor estatutário, o que demonstra o grau de autonomia que detinham. Ambos estavam diretamente envolvidos na negociação e assinatura de importantes contratos de patrocínio. Entre os acordos recentes fechados, destacam-se marcas como Esportes da Sorte, Appgás e Elétrica AREA, parceiros considerados estratégicos.
Vinicius Manfredi atuava na função desde junho de 2024, enquanto Sandor Romanelli estava no Corinthians desde maio de 2022. Aliás, a permanência de ambos por períodos significativos também foi apontada por funcionários como fator que reforçava a confiança em seus trabalhos. Conforme relatos internos, os resultados alcançados justificavam, ao menos, uma reavaliação mais profunda antes da decisão.
Apesar da repercussão negativa, o clube ainda não anunciou oficialmente a saída dos dois executivos. A ausência de comunicação pública até o momento levanta questionamentos sobre a condução do processo. O silêncio, segundo alguns membros do clube, só aumenta o mal-estar gerado pelas demissões.
Assim sendo, a mudança marca um ponto de inflexão no planejamento administrativo do Corinthians. Resta saber como o novo diretor conduzirá os próximos passos e se conseguirá restabelecer o equilíbrio institucional entre os profissionais e a diretoria recém-chegada.
