Atualmente em alta no elenco do Barcelona, o atacante Raphinha rompeu o silêncio sobre os momentos complicados que enfrentou em suas primeiras temporadas no clube catalão. Em entrevista recente, o jogador brasileiro relatou a dificuldade que teve para conquistar a confiança da antiga comissão técnica, liderada por Xavi Hernández, e compartilhou situações marcantes que vivenciou nesse período.
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De acordo com Raphinha, sua participação nas partidas era limitada, mesmo quando demonstrava rendimento satisfatório dentro de campo. “Senti que o Xavi e sua comissão técnica não confiavam em mim o suficiente. Às vezes, eu fazia tudo em 60 minutos, mas ele entrava como reserva”, afirmou.
O atleta revelou ainda que tentou dialogar com o treinador para mudar sua condição na equipe, mas as tentativas foram infrutíferas. “Conversei muito com ele, mas não houve mudança. Ele tinha seu próprio jeito de pensar”, completou.
O ponto de maior frustração mencionado por Raphinha ocorreu em um duelo contra o Manchester United. Na ocasião, o jogador teve participação direta em dois gols — com um tento marcado e uma assistência — e, ainda assim, foi substituído.
“Acho que estava 2 a 2 e ele me tirou. Eu tinha acabado de criar uma chance muito clara. Me sentia confortável e estava jogando muito bem. E a primeira substituição fui eu. Quando vi, não acreditei”, relembrou. O episódio, aliás, ficou registrado em um vídeo que viralizou, no qual o brasileiro aparece revoltado no banco de reservas após ser retirado da partida.
Apesar das dificuldades enfrentadas anteriormente, Raphinha vive atualmente um cenário diferente. Sob nova direção técnica, o ponta tem sido um dos protagonistas da equipe nesta temporada. Até o momento, soma 52 partidas, 31 gols e 25 assistências — números que consolidam seu papel central no sistema ofensivo do Barcelona.
O time espanhol se prepara para um confronto decisivo nesta terça-feira (06), quando enfrentará a Inter de Milão no segundo jogo das semifinais da Champions League, às 16h (de Brasília). A participação de Raphinha, nesse contexto, é esperada como peça-chave no planejamento da equipe.
Embora tenha atravessado um início conturbado, o atleta demonstra que conseguiu se recuperar, ganhando espaço com atuações consistentes. “Quando não tinha mais ninguém, eu estava lá e joguei 90 minutos. E dei o meu máximo, resolvi as partidas. Mas quando apareceu outro que poderia estar na minha posição, eu o coloquei em campo sem pensar”, afirmou.